XXI ALAM
Resumo:411-4


Poster (Painel)
411-4INTERAÇÃO in vitro DO EXTRATO DE Syzygium malaccense (L.) MERR. & PERRY COM ANTIMICROBIANOS FRENTE À Staphylococcus aureus MULTIRRESISTENTES
Autores:Liliane Bezerra de Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Renata Alexandre Ramos da Silva (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Paula Caroline de Carvalho Camelo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Antônio André Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Karina Perreli Randau (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Eulália Camelo Pessoa de Azevedo Ximenes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Syzygium malaccense (L.) Merr. & Perry (Myrtaceae) é uma árvore nativa da Ásia e que ocorre em várias regiões do Brasil. Popularmente esta espécie é conhecida como jambo, jambo-vermelho ou jambo-roxo. É amplamente utilizada na medicina popular para o tratamento de infecções incluindo àquelas causadas por Staphylococcus aureus. Estes micro-organismos, principalmente as cepas multirresistentes, representam um problema de saúde publica, pois o controle de sua disseminação representa um desafio para os que fazem a vigilância epidemiológica e o tratamento é caro e limitado a poucos antimicrobianos. Diante deste fato, vários pesquisadores objetivam a busca por novas moléculas menos tóxicas e mais eficazes. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a interação in vitro entre o extrato aquoso das folhas de S. malaccense e agentes antimicrobianos (amoxicilina/ácido clavulânico(AMC), amicacina (AMI), ampicilina (AMP), azitromicina (AZI), cefoxitina (CFO), ciprofloxacina (CIP), gentamicina (GEN), imipenem (IPM), vancomicina (VAN) e teiclopanina (TEI)), frente a cepas de S. aureus multirresistentes. O perfil de sensibilidade das cepas de S. aureus foi determinado pelo método de difusão preconizado pelo Clinical and Laboratory Standard Institute (CLSI), com algumas modificações. As placas foram preparadas sem ou com o extrato, em concentração subinibidora, cujo valor fora previamente determinado e em seguida incorporado ao ágar Mueller Hinton. Os discos contendo os agentes antimicrobianos foram depositados na superfície deste meio, as placas incubadas por 18 horas a 37ºC e os halos de inibição do crescimento microbiano medidos em milímetros. Os resultados demonstraram que o extrato de S. malaccense apresentou uma interação sinérgica quando em associação com os dez agentes antimicrobianos sobre todas as cepas avaliadas. A associação com os β-lactâmicos mostrou ser as mais significativas. Este efeito sinérgico provavelmente é devido à interação dos antimicrobianos com os taninos e flavonóides existentes nesta espécie vegetal. Em conclusão, a associação do extrato aquoso de S. malaccense com agentes antimicrobianos age sinergicamente com vários agentes antimicrobianos frente a cepas de S. aureus multirresitentes. Estudos farmacológicos para elucidação destas interações devem ser prioritários para melhor aproveitamento farmacêutico desta espécie.


Palavras-chave:  Resistência, Sinergismo, Staphylococcus aureus, Syzygium malaccense