XXI ALAM
Resumo:406-2


Poster (Painel)
406-2PREVALÊNCIA DE Staphylococcus aureus EM PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATIVOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS
Autores:Laysa Monique Honorato Oliveira (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Luciane Moreira da Silva (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Fernanda Cristina de Albuquerque Maranhão (UFAL - Universidade Federal de Alagoas)

Resumo

Staphylococcus aureus é uma bactéria vista habitualmente como colonizador ou patógeno na pele e mucosas de indivíduos sadios ou imunocomprometidos, podendo causar infecções graves, e um agente de infecções nosocomiais com multirresistência. É um importante problema de saúde pública mundial e os profissionais de saúde podem atuar como carreadores assintomáticos de S. aureus no ambiente hospitalar. Sendo assim, inicialmente objetivamos avaliar profissionais da saúde atuantes nos principais hospitais públicos alagoanos quanto à frequência de colonização por S. aureus. Nesse estudo transversal, amostras de diferentes sítios anatômicos (mãos, cavidades nasal e oral) de profissionais do Hospital Geral do Estado (HGE-AL) e do Hospital Universitário (HUPAA-UFAL) foram coletadas com swab estéril transportado em salina autoclavada para análises laboratoriais, obtendo-se dados complementares por questionários. Cada amostra foi semeada em ágar sangue (24h; 37°C) e ágar manitol salgado (Acumedia) por 48h (37°C), seguindo-se com microscopia (1000x) após coloração de Gram e testes bioquímicos avaliando produção de catalase e DNAse. Cepas confirmadas foram estocadas em BHI (glicerol 20%) para testes futuros. Até o momento foram coletadas 381 amostras de 127 profissionais, confirmando-se a presença de S. aureus em 48,8% (62) dos avaliados. Dentre estes positivos há maior frequência em Técnicos/Auxiliares de Enfermagem (27%), Enfermeiros (22%), Médicos (34%), Fisioterapeutas (3%) e outros (14%). Na amostragem total (381), 97 (25,5%) apresentou S. aureus, com maior prevalência na cavidade nasal (42/43%) entre os sítios anatômicos, seguindo-se das mãos 37% (36) e ainda 20% (19) na orofaringe. Baixo índice de colonização foi observado na UTI do HGE, com apenas 2 profissionais de saúde colonizados por S. aureus dos 14 avaliados. De forma geral, constatamos o alto índice de profissionais colonizados por S. aureus e circulantes em diversos setores dos hospitais como potenciais transmissores do patógeno carreando-os assintomaticamente, trazendo riscos principalmente para os pacientes imunocomprometidos internados. Portanto, se faz necessário uma atenção cada vez maior às normas de Biossegurança e ações sistemáticas durante procedimentos hospitalares, sejam estes de rotina, invasivos ou não, visando minimizar os riscos de infecções nosocomiais e posterior disseminação à comunidade.


Palavras-chave:  Epidemiologia, Hospitais, Nosocomial, Staphylococcus aureus