XXI ALAM
Resumo:395-1


Poster (Painel)
395-1Prevalência de Fungos nas Areias da Praia da Penha ao Cabo Branco - João Pessoa - PB
Autores:Francisco de Assis Baroni (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Daniel Paiva Barros de Abreu (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Mário Tatsuo Makita (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Yuri Duarte Porto (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

Resumo

Fungos são cosmopolitas e considerados ambientalmente onipresentes, mas estudos que preocupam-se em monitorar sua presença nas praias são raros. Uma extensão da praia da Penha, balneário de João Pessoa, PB, ao Cabo Branco (ponto extremo oriental das Americas), sito na mesma cidade, foi o foco deste estudo. Caracteriza-se esta faixa pela presença de residências, cabanas de pescadores (uma de suas características) e bares, construídos próximos ou sobre a areia. Muitas construções já são alcançadas pela maré cheia, fato agravado a cada ano. Nesta pesquisa, esta extensão foi dividida em 11 pontos de coleta. A cada ponto foram colhidas alíquotas de areia em 3 subpontos eqüidistantes. Uma profundidade de areia de 10 cm numa área de 30cm x 30 cm foi afastada, retirando-se abaixo, as alíquotas convertidas em material único daquele ponto. Após transporte sob refrigeração ao Laboratório de Leveduras Patogênicas e Ambientais – UFRRJ, procedeu-se a diluição de 30 g de areia em tampão salina (1/10 peso/volume), agitação mecânica, repouso de 1 hora, semeadura de alíquotas de 1 mL, em triplicata, em Agar Sabouraud dextrose (+ cloranfenicol, 200 mg/L) e incubação a 25ºC. A análise micromorfológica das colônias de filamentosos considerou forma conidial, estruturas como conidióforos, estípedes, vesículas, métulas, fiálides, esporângios, esporangióforos, disposição conidial e conidiogênese. Leveduras foram identificadas por provas fisiológicas aplicadas a chaves taxonômicas. Penicillium spp foi o mais prevalente (31 isolados) seguido de Aspergillus spp, A. niger e A. fumigatus (respectivamente 15, 9 e 5 = 29), Syncephalastrum spp (10), Fusarium spp (8), Mucor spp (5), Rhizopus spp (4), Rhodotorula spp, Candida tropicalis e C. glabrata (3), C. lipolytica, Neurospora spp e Geotrichum spp (2), Verticillium spp e Trichosporon spp (1). Trabalhos similares possibilitaram-nos verificar variação nos gêneros encontrados e índices. Embora fungos sejam onipresentes e veiculados por correntes de ar e pela água, a presença de residuos alimentares nos locais, incluindo neste caso, os das pescas podem contribuir para a população fungica. Na praia da Penha, talvez haja influencia da presença de algas. Freqüentadores, ao deitarem na areia, disponibilizam toda sua superfície corporal aos fungos e também facilitam o acesso às vias respiratórias pela posição das narinas próximas à areia. O monitoramento da água dos balneários, dificilmente contempla a presença de bactérias e fungos na areia, local onde boa parte dos banhistas situam-se.


Palavras-chave:  Areia, Fungos, João Pessoa, Praia