XXI ALAM
Resumo:394-2


Poster (Painel)
394-2Determinação da presença de leveduras do Gênero Cryptococcus em Cassia fistula
Autores:Mário Tatsuo Makita (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Daniel Paiva Barros de Abreu (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Yuri Duarte Porto (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; Claudete Rodrigues Paula (USP - Universidade de São Paulo) ; Francisco de Assis Baroni (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)

Resumo

O gênero Cryptococcus apresenta em torno de 70 espécies, sendo que a grande maioria apresenta vida livre, tendo conhecida relação com excretas de aves e com as mais distintas espécies arbóreas. C. neoformans e C. gattii são as espécies que apresentam maior relevância, devido ao seu frequente envolvimento em patologias humanas e animais. Dentre as demais espécies, algumas vêm sendo isoladas de casos clínicos, despontando C. albidus e C.laurentii por representarem cerca de 80% dos casos de criptococose não-neoformans e não-gattii, sendo atualmente consideradas como leveduras emergentes. Estas infecções acometem quase que exclusivamente indivíduos imunocomprometidos. Possuindo tais informações, o presente trabalho objetivou o isolamento de leveduras do gênero Cryptococcus a partir da espécie arbórea Cassia fistula, popularmente conhecida como Chuva-de-ouro. A coleta ocorreu utilizando exemplares da espécie presentes no interior do campus da UFRRJ, Seropédica, RJ. Com o auxílio de tesouras de poda e facas estéreis, coletaram-se folhas, galhos, casca e flores (quando presentes), totalizando 28 amostras. As diferentes partes da planta foram encaminhadas ao Laboratório e depositadas assepticamente em frascos de Erlenmeyer individuais contendo salina estéril acrescido de cloranfenicol (200 mg/L), seguida de agitação mecânica durante 30 minutos e repouso durante uma hora. Posteriormente, uma alíquota de 1mL de cada material foi recolhida e depositada de forma homogênea sobre a superfície de meio contendo dopamina. Este procedimento foi realizado em quadriplicata e as placas foram mantidas a 15ºC, 25ºC e 32ºC. As colônias obtidas que apresentavam característica macro e microscópicas características do gênero pesquisado foram submetidas a teste de crescimento em meio contendo cicloheximida, produção de urease, zimograma e auxanograma. Pesquisou-se também a produção de enzimas fosfolipase e protease das leveduras obtidas. De todos os materiais trabalhados obtivemos amostras de C. magnus (3), C.laurentii(2), C. humicolus(2) e C. luteolus(1), oriundas de diferentes partes da árvore, excetuando-se a casca. Com o presente trabalho não foi possível afirmar se a espécie em questão é a verdadeira fonte destas leveduras ou se os isolamentos encontram-se relacionados à presença constante de aves e suas excretas no material pesquisado. O conhecimento epidemiológico faz-se importante, uma vez que estas leveduras apresentam potencial patogênico e a verificação de que alguns destes isolados são produtores da enzima protease e forte produtores da enzima fosfolipase corroboram esta afirmativa.


Palavras-chave:  Cassia fistula, Chuva-de-ouro, Cryptococcus, Isolamento