XXI ALAM
Resumo:389-1


Poster (Painel)
389-1PREVALÊNCIA DA TOXINA ASSOCIADA À SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO (TSST-1) EM AMOSTRAS DE Staphylococcus aureus COLONIZANTES NASAIS NO MUNICÍPIO DE BOTUCATU – SP.
Autores:Lígia Maria Abraão (UNESP - BOTUCATU - Dep. Doenças Tropicais - Faculdade de Medicina de Botucatu) ; Fabiana Venegas Pires (UNESP - BOTUCATU - Dep. Doenças Tropicais - Faculdade de Medicina de Botucatu) ; Carlos Henrique Camargo (UNESP - BOTUCATU - Dep. Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Botucatu) ; Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza (UNESP - BOTUCATU - Dep. Doenças Tropicais - Faculdade de Medicina de Botucatu) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (IBB - UNESP - Dep. Microbiologia e Imunologia – Instituto de Biociências)

Resumo

Estudos apontam que carreadores nasais de Staphylococcus aureus apresentam risco três vezes maior de adquirir infecções estafilocócicas do que não portadores, o que se deve a produção dos fatores de virulência dos quais incluem numerosas toxinas e adesinas. Dentre essas, destacamos a toxina 1 da síndrome do choque tóxico (TSST-1), pertencente a família dos superantígenos, altamente patogênica que representa um proeminente indutor de sepse. O presente estudo propôs a caracterização da prevalência do carreamento nasal de S. aureus, resistência in vitro à oxacilina e cefoxitina dos isolados, detecção do gene mecA, tipagem de SCCmec nas amostras mecA positivas, detecção do gene tst, codificador da toxina associada a síndrome do choque tóxico, e identificação dos clusters carreadores do gene tst a partir de amostras colonizantes de indivíduos saudáveis do município de Botucatu-SP, Brasil. Foram colhidas 686 amostras de secreções nasais por meio de swabs, identificadas e posteriormente submetidas a testes de suscetibilidade antimicrobiana, através da técnica de disco-difusão, seguidas de reações de PCR para detecção do gene mecA e do gene tst; identificação do SCCmec foi realizada pela técnica de PCR multiplex e caracterização dos clusters carreadores do gene da TSST-1 pela técnica de PFGE. Prevalências de carreamento nasal de S. aureus e de MRSA foram de 30,9% e 1,0%, respectivamente. Foram encontradas seis amostras fenotipicamente resistentes à oxacilina e positivas para o gene mecA, sendo todas tipadas como SCCmec tipo IV comumente alocado em MRSA adquiridos na comunidade. Em relação a TSST-1, 28,7% (64) dos isolados apresentaram o gene tst, sendo que desses apenas um isolado era MRSA. A tipagem por PFGE revelou a presença de clusters distintos distribuídos pela comunidade albergando o gene da TSST-1. Os resultados encontrados são condizentes com os achados da literatura. No entanto, a variabilidade de clones albergando o gene tst, demonstra a existência de cepas distintas com potencial causador de sepse distribuídas pela comunidade, o que evidência a importância do estudo do perfil epidemiológico da população de modo geral, direcionando melhor os serviços de assistência em saúde.


Palavras-chave:  Carreamento nasal, Staphylococcus aureus, TSST-1