XXI ALAM
Resumo:376-1


Poster (Painel)
376-1AVALIAÇÃO DA POPULAÇÃO FÚNGICA E OCORRÊNCIA DE MICOTOXINAS EM CASTANHA DE CAJU COMERCIALIZADA NO MERCADO SÃO JOSÉ, REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.
Autores:Kássia Francielle de Carvalho (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Katharine Angélica Aguiar Wanderley (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Evelyn Paulo Ferreira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Nataliane Marques de Vasconcelos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Idjane Santana de Oliveira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Larissa Isabela Oliveira de Souza (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Gláucia Manoella de Souza Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

O produto de maior destaque econômico do cajueiro é amêndoa, parte comestível da castanha, sendo usualmente consumida inteira como lanches ou usada como ingredientes para uma variedade de alimentos processados. Por possuírem em sua composição um alto percentual de lipídios e um baixo teor de umidade, ficam suscetíveis a deterioração por fungos, sendo capazes de produzir micotoxinas. Micotoxinas são metabólicos secundários tóxicos ao homem, podendo provocar efeito adversos, como mutagênico, carcinogênico, teratogênica e de imunossupressão. O estudo teve por objetivo, avaliar a presença de fungos e micotoxinas na amêndoa da castanha de caju comercializada a granel no mercado de São José, localizado na região metropolitana do Recife. Para a realização desse trabalho foram coletadas três amostras de seis estabelecimentos diferentes, totalizando 18 amostras. As amostras foram inoculadas em meio DRBC, disposto em diluições decimais até 10-3. As placas foram incubadas a 25ºC/5 dias. Após esse período foi realizado a leitura de bolores e leveduras. O experimento foi realizado em duplicata. As colônias presuntivas de leveduras foram observadas por microscopia e os bolores presentes nas amostras foram inoculado foram analisadas quanto a capacidade toxigênica por cultivo em ágar leite de coco. Posteriormente, as placas foram incubadas à temperatura de 25º C/5 dias, em seguida, as placas foram examinadas com lâmpada de radiação ultravioleta com comprimento de onde de 365 nm, onde verificou-se a presença ou não do halo de fluorescência do meio. A população de bolores e leveduras variou entre 102 UFC/g a 1,82. 106 UFC/g, com exceção as amostras C2, D3 e E3 que não foi encontrado microrganismo. Dentre as amostras analisadas 33,3% apresentaram fungos filamentosos que revelaram fluorescência de coloração esverdeada e azulada, indicando a presença de micotoxina. Os fungos produtores de micotoxinas foram identificados como Penicillium citrinum, P. griseofulvum, Mycelia Sterilia demáceo e Aspergillus ochraceus. Os resultados sugerem que durante o beneficiamento ou comercialização da castanha de caju está ocorrendo contaminação por fungos, tornando-se necessário um controle nas etapas de produção, o que demanda o uso de técnicas que visam monitorar a disseminação das micotoxinas.


Palavras-chave:  Castanha de caju, Fungos, Micotoxinas