XXI ALAM
Resumo:375-1


Poster (Painel)
375-1Determinação da virulência e resistência em isolados de Staphylococcus aureus de uma população carcerária do município de Avaré/SP.
Autores:Camila Sena Martins de Souza (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Claudia de Lima Witzel (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Ariane Rocha Bartolomeu (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Maria de Lourdes Ribeiro de Souza da Cunha (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) pode ser um problema quando os indivíduos são mantidos muito próximos como em ambientes prisionais, tornando essencial práticas de controle de infecção para conter a propagação da MRSA na população carcerária. O objetivo do trabalho foi identificar o perfil de virulência e resistência, mediante a detecção do gene mecA, dos genes codificadores das enterotoxinas (sea, seb e sec-1), leucocidina Panton-Valentine (lukS-PV e lukF-PV), toxina da síndrome do choque tóxico (tst), biofilme (icaA e icaD), toxina esfoliativa A e B (eta e etb), hemolisina alfa e delta (hla e hld) e detecção da Concentração Inibitória Mínima (CIM) para Oxacilina, Trimetoprim/Sulfametoxazol, Clindamicina, Linezolida, Quinupristina/Dalfopristina e Vancomicina em 50 isolados de S. aureus provenientes de detentos de uma penitenciária de Avaré. O gene de resistência à meticilina (mecA) e os genes de virulência (sea, seb, sec-1, lukPV, tst, icaA, icaD, eta, etb, hla e hld) foram detectados através da PCR. A CIM foi avaliada pelo método de E-test. Dois detentos eram carreadores do gene mecA (4%). Em relação às enterotoxinas, 32% foram positivas para o gene sea, 26% para o seb e 16% para o sec-1. O gene tst estava presente em 18% e o gene eta em 4%, enquanto o gene etb e lukPV não foram detectados. O gene hla foi encontrado em 98% e o gene hld em 96% dos isolados. Nenhum isolado apresentou icaA, enquanto 90% apresentou icaD. O MIC50 e o MIC90 para Oxacilina foram, respectivamente, 0,25 e 0,38µg/mL, para Trimetoprim/Sulfametoxazol 0,023 e 0,047 µg/mL, para Clindamicina 0,023 e 0,047µg/mL, para Linezolida 0,5 e 0,75µg/mL, para Quinupristina/Dalfopristina 0,5 e 1,0 µg/mL e para Vancomicina 0,75 e 1,0µg/mL. Os resultados ressaltam a importância de carreadores de S. aureus em penitenciárias, uma vez que, a expressão da virulência e resistência está associada com o sucesso da bactéria como colonizante e agente infeccioso. Além disso, os detentos passam a ser potencial veículo de disseminação dessa bactéria no ambiente carcerário e na comunidade.


Palavras-chave:  resistência, Staphylococcus aureus, virulência