XXI ALAM
Resumo:352-2


Poster (Painel)
352-2Biodegradação de petroderivados por leveduras
Autores:Aline Saturnino Souto (UNISANTOS - Universidade Católica de Santos / IPECI - Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas) ; Kátia Maria Gomes Machado (UNISANTOS - Universidade Católica de Santos / IPECI - Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas)

Resumo

Derramamentos de petróleo e petroderivados constituem impactos ambientais significativos para regiões litorâneas. Na Baixada Santista, esta situação tende a se agravar com as recentes descobertas de jazidas de petróleo e gás na Bacia de Santos. A biorremediação de ambientes marinhos tem se tornado estratégia importante para a limpeza de locais impactados com vazamentos acidentais de petroderivados. Diferentes estratégias de biorremediação são amplamente empregadas para a descontaminação de solos contaminados com petróleo, inclusive no Brasil, pela Petrobrás. Nesse sentido, torna-se relevante estudar o potencial de microrganismos autóctones de ambientes estuarinos de degradar petroderivados. Os manguezais da região da Baixada Santista apresentam considerável nível de impacto antrópico. Microrganismos deste ecossistema são selecionados para viverem em solo com baixa oxigenação, salinidade, pH e conteúdo de matéria orgânica extremamente variáveis e sujeitos às variações das marés. Neste sentido, o objetivo deste presente projeto foi avaliar a capacidade de cinco leveduras (L196, L199, L178, L162, L169) previamente isoladas de manguezal quanto à capacidade de degradar petroderivados. Foram usados frascos de 250ml contendo 100ml de meio líquido sintético BH com salinidade de 5% e diferentes concentrações (1%, 2%, 3%, 4% e 5%, v/v) dos petroderivados óleo diesel, óleo de motor ou gasolina como única fonte de carbono. Os frascos foram mantidos em agitação (200rpm), 28°C, durante 3 dias quando foi adicionado o indicador redox 2,6-diclorofenol-indofenol (DCPIP). Leitura da descoloração do indicador foi feita até 72 horas após sua adição. De forma geral, no período de até 24 horas após adição do DCPIP as leveduras mostraram excelente potencial de degradação, sendo observada descoloração de 100% dos petroderivados nas diferentes concentrações avaliadas. Exceção foi a L162 que degradou totalmente os petroderivados apenas após 72 horas. Destaque para a cultura L199, cuja descoloração em todas as concentrações de gasolina e óleo diesel ocorreu no período de 2 minutos e para o óleo de motor este resultado foi obtido em 7 minutos. Nos habitats marinhos, as leveduras possuem importante papel na decomposição e ciclagem de nutrientes. Assim, são organismos com grande potencial de aplicação na biodegradação de vários compostos xenobióticos.


Palavras-chave:  Biorremediação, leveduras, petróleo