XXI ALAM
Resumo:351-2


Poster (Painel)
351-2DETECÇÃO DO GENE blaKPC EM KLEBSIELLA PNEUMONIAE COM SENSIBILIDADE REDUZIDA A CARBAPENÊMICOS, ISOLADAS EM UM HOSPITAL PÚBLICO ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
Autores:Camila Arguelo Biberg (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Ana Carolina Watanabe (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Ana Claudia Souza Rodrigues (HRMS - Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) ; Claudia Elizabeth Volpe Chaves (HRMS - Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) ; Magali da Silva Sanches Machado (HRMS - Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) ; Adriana Giannini Nicoletti (UNIFESP - Laboratório Alerta/ Universidade Federal de São Paulo) ; Ana Cristina Gales (UNIFESP - Laboratório Alerta/ Universidade Federal de São Paulo) ; Marilene Rodrigues Chang (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)

Resumo

Klebsiella pneumoniae tem emergido como patógeno oportunista no ambiente hospitalar, cenário em que surge como uma das principais bactérias Gram negativas causadoras de pneumonias, infecções do trato urinário, infecções intra-abdominais e de corrente sanguínea. A crescente resistência aos antibióticos carbapenêmicos tem deixado os clínicos sem opção terapêutica. Objetivou-se com esse estudo, investigar a presença do gene blaKPC em K. pneumoniae proveniente de amostras clínicas de um Hospital Público Estadual de Mato Grosso do Sul no período de maio/2009 a julho/2010. A determinação da concentração inibitória mínima (CIM) foi feita pela técnica de diluição em ágar e a detecção de carbapenemase pelo Teste de Hodge Modificado (MHT), como recomendado pelo Clinical Laboratory Standard Institute. A presença do gene blaKPC foi confirmada por técnica de Reação em Cadeia da Polimerase e sequenciamento. No estudo foram incluídas 44 K. pneumoniae com sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos. Do total, 93,1% apresentaram resistência para ertapenem (CIM de 1 a 32µg/mL), 20,4% para meropenem (CIM de 4 a 64µg/mL) e 15,9% para imipenem (MIC de 8 a 64µg/mL). A positividade do teste MHT foi de 81,8% e em todas foi detectado o gene blaKPC, tipo molecular KPC-2. Os principais sítios de isolamento foram: urina (38,6%) e sangue (31,8%). As bactérias foram isoladas principalmente de pacientes atendidos em Centro de Terapia Intensiva Adulto (43,2%) como também relatado por outros autores. Este estudo descreve pela primeira vez uma série de isolamentos de K. pneumoniae portadora do gene blaKPC em hospital de referência estadual. Os resultados aqui apresentados reforçam a idéia de disseminação desse patógeno em todo território nacional, cujo tipo molecular mais prevalente é o KPC-2. O conhecimento desse mecanismo de resistência antimicrobiana pode auxiliar na tomada de condutas preventivas, controle de disseminação desses patógenos além de implantação de programas de vigilância e terapias efetivas.


Palavras-chave:  Carbapenemase, Klebsiella pneumoniae, Resistencia antimicrobiana