XXI ALAM
Resumo:351-1


Poster (Painel)
351-1ENTEROBACTÉRIAS RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS EM HOSPITAL DE ENSINO DE CAMPO GRANDE-MS
Autores:Ana Carolina Watanabe (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Nádia Cristina Pereira Carvalho (HU-UFMS - Hospital Universitário "Maria Aparecida Pedrossian" da UFMS) ; Fernando Aguilar Lopes (HU-UFMS - Hospital Universitário "Maria Aparecida Pedrossian" da UFMS) ; Fernanda Luiza Espinosa Spositto (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) ; Andyane Freitas Tetila (HU-UFMS - Hospital Universitário "Maria Aparecida Pedrossian" da UFMS) ; Marilene Rodrigues Chang (UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)

Resumo

Infecção por enterobactérias produtoras de carbapenemases tem emergido e na atualidade é um grande desafio no contexto de cuidados à saúde. Estudos de vigilância hospitalar são fundamentais para avaliar a mudança no perfil de resistência da família Enterobacteriaceae. Objetivou-se neste estudo investigar a presença fenotípica de Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) em enterobactérias isoladas de pacientes atendidos em um hospital universitário de Mato Grosso do Sul. Foram incluídas no estudo aquelas com perfil de sensibilidade reduzida aos carbapenêmicos, no período de março a junho de 2012. A concentração inibitória mínima (CIM) dos antimicrobianos foi determinada pelo sistema automatizado Vitek® 2. A pesquisa de KPC foi feita por meio do Teste de Hodge Modificado (THM), segundo recomendações do Clinical and Laboratory Standards Institute (2012). A detecção do gene blaKPC foi realizada pela Reação em Cadeia da Polimerase. De 39 isolados, 11 (28,2%) foram positivos no THM e na pesquisa do gene blaKPC, incluindo: 7 K. pneumoniae, 3 Enterobacter spp. e uma Serratia marcescens. Todas essas foram resistentes ao ertapenem (CIM ≥2 µg/mL), corroborando com dados da literatura que referem esse antimicrobiano como bom marcador para KPC. As bactérias foram isoladas de aspirado traqueal (27,3%), pontas de cateter (27,3%), urina (18,2%), sangue (18,2%) e exsudato de feridas (9,0%). A maioria (63,3%) dos pacientes estava internada em Centro de Terapia Intensiva, local este que apresenta inúmeras condições de risco para infecções por microrganismos oportunistas multirresistentes. Dos isolados THM negativos, a resistência aos carbapenêmicos pode ser atribuída a outros mecanismos de resistência, como a impermeabilidade de membrana associada à expressão de enzimas do tipo AmpC ou ESBL. Acredita-se que o conhecimento da prevalência de enterobactérias produtoras de carbapenemases possa fornecer subsídios para a implantação de programas de prevenção e terapia efetivas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e ajudar a construir estratégias de controle de disseminação de bactérias multirresistentes.


Palavras-chave:  Enterobactérias, Carbapenemase, Resistência antimicrobiana