Resumo

O consumo de micro-organismos probióticos pelo homem tem se intensificado nas últimas décadas sendo encontrada atualmente uma grande variedade de produtos farmacêuticos e alimentos funcionais contendo-os em sua formulação. Devido ao processo de produção, armazenamento e administração por via oral, a manutenção da viabilidade destes micro-organismos é um grande desafio para a indústria. A imobilização celular consiste em um processo biotecnológico o qual protege fisicamente as células vivas de condições adversas. O objetivo deste estudo foi imobilizar Lactobacillus casei em alginato de cálcio e avaliar sua viabilidade celular ao longo de cinco meses. A cultura de Lactobacillus casei, padronizada em 10¹⁰ UFC/mL, foi inicialmente incorporada a uma solução de alginato de sódio 2% p/v e imobilizada através de seu gotejamento em solução de cloreto de cálcio 0,2M. As esferas obtidas, com diâmetro médio de 0,23mm, foram recolhidas, suspensas em uma solução de cloreto de sódio 0,9% p/v e mantidas sob refrigeração a 4ºC. A avaliação da viabilidade celular do L. casei encapsulado foi realizada ao longo de cinco meses. A concentração de células viáveis de Lactobacillus casei após imobilização foi da ordem de 10⁹ UFC/mL, apresentando-se estável após três meses de armazenamento. A partir do quarto mês foi observado um decréscimo de aproximadamente 0,83 log10 UFC/mL. Após cinco meses L. casei apresentou uma redução de 2 log10 UFC/ mL, atingindo uma concentração celular da ordem de 10⁸ UFC/mL mantendo-se acima dos valores descritos pela literatura para que os probióticos possam exercer efeitos terapêuticos. Para bactérias probióticas, o método de imobilização celular é eficaz e serve como uma ferramenta para manutenção da viabilidade celular em preparações farmacêuticas e alimentícias.