Resumo

Introdução: O ambiente odontológico pelas suas particularidades constitui risco de contaminação cruzada nos procedimentos. Estudos que visam à prevenção de infecções cruzadas em equipamentos odontológicos são facilmente encontrados na odontologia. No entanto, falhas nas medidas de controle de infecção e contaminação da água dos reservatórios são deixadas de lado, propiciando a intensificação do ciclo de infecção cruzada. O objetivo desse trabalho foi avaliar a qualidade da água dos reservatórios dos equipamentos odontológicos da Faculdade São Lucas, em Porto Velho/RO. Materiais e Métodos: Para isso, foram obtidas amostras de água do reservatório de água antes e após o atendimento de 20% dos equipamentos em funcionamento. As amostras de água foram semeadas em meio de cultura ágar Sangue e ágar Sabouraud e incubadas respectivamente a 35ºC e 25ºC em estufa bacteriológica, por 48-72 horas, em condições de aerobiose. Após o período de incubação, foram realizadas a contagem e a observação das características morfológicas coloniais típicas de grupo microbiano. As características morfotintoriais foram observadas pelo método de coloração de Gram. Resultados: Somente um reservatório mostrou ausência de desenvolvimento. No entanto, ao final do atendimento, o mesmo apresentou um crescimento de 160 UFC/ml. Do total de amostras analisadas, 54% apresentaram crescimento microbiano abaixo de 200 UFC/ml antes do atendimento e 46% após o expediente. Não foi observado crescimento fúngico nas amostras testadas das amostras com mais de 500 ufc/ml, foram encontradas bactérias Gram positivas e Gram negativas. Conclusão: Diante de tais fatos, a maioria das amostras de água analisada atendeu aos padrões de potabilidade estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Porém a presença de bactérias nos reservatórios de água avaliados sugere a necessidade de novas medidas para o controle da contaminação da água dos equipamentos odontológicos.