XXI ALAM
Resumo:314-1


Poster (Painel)
314-1AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA PRODUÇÃO DE PROTEASES POR Rhodotorula mucilaginosa E Metschnikowia australis PROVENIENTES DA ANTÁRTICA
Autores:Luciana Cristina Silveira Chaud (EEL - USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; Alysson Wagner F. Duarte (UNICAMP - CPQBA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - CPQBA) ; Lara Durães Sette (UNESP - RIO CLARO - UNIVERSIDADE PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO) ; Pamela Puerta Lopes (EEL - USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; Adalberto Pessoa Junior (FCF - USP - FACULDADE DE CIENC. FARMACÊUTICAS - UNIVERSIDADE SÃO PAULO) ; Maria das Graças de Almeida Felipe (EEL - USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)

Resumo

A biologia do continente Antártico é dominada por micro-organismos com alto potencial de adaptação e capacidade de sobreviver em condições extremas. Por esta razão, estes organismos têm despertado grande interesse, principalmente com relação à produção de enzimas, visto que as mesmas podem possuir vantagens biológicas em processos que requerem temperaturas médias e baixas. As proteases são um dos mais importantes e versáteis grupos de enzimas comerciais, por apresentarem diversas aplicações em diferentes segmentos industriais como de alimentos, químicos e farmacêuticos. Pesquisas indicam que leveduras da Antártica, do gênero Rhodotorula e mais recentemente do gênero Metschnikowia, secretam enzimas proteolíticas, sendo estas, em sua maioria, adaptadas ao frio. Assim, o objetivo do presente trabalho foi o de avaliar a produção de proteases pelas leveduras Rhodotorula mucilaginosa e Metschnikowia australis isoladas na Antártica, previamente selecionadas por apresentarem halo de degradação de proteínas em Agar Sabouraud com leite (10%). Estes isolados foram cultivados em triplicata, em frascos Erlenmeyer de 125 ml contendo 50ml de meio Caldo Sabouraud, pH 5,5, a 150rpm, 25°C por 120h. O crescimento dos isolados foi avaliado a cada 24h, por meio de contagem em câmara de Neubauer, enquanto a atividade proteolítica foi determinada pela digestão de azocaseína 1% em tampão acetato (pH 5,0) a 37°C por 40 minutos, por espectrofotometria a 430nm, sendo que 1U foi definida como a quantidade da enzima que cataliza a liberação do corante azo, de modo que ∆A/∆t =0,001/min. A maior atividade proteolítica foi observada para Rhodotorula mucilaginosa após 72h de cultivo, coincidente com o início da fase estacionária de crescimento. Por outro lado, embora a levedura Metschnikowia australis tenha apresentado crescimento mais expressivo, verificou-se atividade proteolítica inferior, já na fase de declínio do crescimento e em maior tempo (120h) em relação à observada para Rhodotorula mucilaginosa. Pesquisas devem ser continuadas, principalmente para Metschnikowia australis, em virtude de ser esta uma nova espécie, e ainda inexplorada. Apoio: FAPESP, CAPES, CNPq


Palavras-chave:  PROTEASES, ANTÁRTICA, LEVEDURAS