XXI ALAM
Resumo:275-3


Poster (Painel)
275-3AVALIAÇÃO DA ADERÊNCIA E DA PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTES POR Salmonella Enteritidis SE86 EM ALFACE E TOMATE
Autores:Eliandra Mirlei Rossi (UFRGS - Universidade Federal Rio Grande do Sul / UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Jakeline Pasa da Costa (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Diane Scapin (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Débora Oro (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Lunieli Beilke (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Marília Kochhann (UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) ; Eduardo César Tondo (UFRGS - Universidade Federal Rio Grande do Sul)

Resumo

Salmonella sp. se adere facilmente nos vegetais e assim como diversos microrganismos ela produz biossurfactantes que também servem como fatores de sobrevivência. Desse modo, esse estudo teve como objetivo avaliar a aderência e produção de biossurfactante por Salmonella Enteritidis SE 86 em tomates e alfaces . Para avaliar a capacidade de aderência da bactéria, as alfaces e tomates foram imersos em caldo nutriente contendo S. Enteritidis SE86 na concentração de aproximadamente 108UFC/mL por 15, 30 e 60 min. a temperatura ambiente. Em seguida, lavados com tampão fosfato salino (PBS) e posteriormente imersos em PBS novamente e imediatamente sonicados no desruptor de células ultrassônico e semeados em ágar nutriente. Para avaliar a produção de biossurfactante foi utilizado o índice de emulsificação conforme método de Cooper e Goldenberg (1987). O teste de resistência aos desinfetantes com as células aderidas às superfícies dos vegetais foi observado através da imersão de tomate e alface por 15, 30 e 60 min. em contato com a suspensão bacteriana contendo aproximadamente 108 UFC/mL e em seguida transferidos para um recipiente com desinfetante diluído (hipoclorito de sódio 200 ppm) por 10 min. Posteriormente, foram imersos em soluções desinibidoras (0,6% de tiossulfato de sódio) e então transferidos para tampão PBS sendo imediatamente sonicados e semeadas em agar nutriente. Os resultados revelaram que S. Enteritidis na presença de 1% de alface e de tomate in natura em meio líquido produz 12,07% e 21,67% de emulsificante respectivamente. Além disso, é um microrganismo capaz de se aderir tanto em alface quanto em tomate, ou seja, a aderência inicial (após 15 min. de contato) foi de 6,6 LogUFC/cm2 na alface e 6,2 LogUFC/cm2 em tomate. Ainda, observou-se que embora desinfetados com hipoclorito de sódio 200 ppm, a quantidade de células aderidas não diferem entre os vegetais desinfetados e não desinfetados, ou seja, observa-se que não há diferenças entre os grupos testados. Assim, verifica-se a necessidade de estabelecer práticas para evitar contaminação dos vegetais por S. Enteritidis SE86, uma vez que o método de desinfecção não eliminou totalmente esse microrganismo de alfaces e tomates, que por serem ingeridos crus podem provocar salmoneloses.


Palavras-chave:  Contaminação, Aderência, Verduras, Biossurfactantes