XXI ALAM
Resumo:272-1


Poster (Painel)
272-1Perfil de resistência do Mycobacterium tuberculosis nos últimos cinco anos em um Hospital Geral em Minas Gerais
Autores:Lucia Tavares Paradizi (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Ana Lethicia Figueiredo Coelho Matos (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Julio Cesar Rodrigues Oliveira (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Wania da Silva Carvalho (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Lida Jouca Assis (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Silvana Spindola (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

Introdução: A resistência aos fármacos para o tratamento da tuberculose (TB) traz grande preocupação, principalmente após a detecção de aumento significativo do número de pacientes infectados por bacilos multiresistentes (MDR) no mundo. Em razão da ausência de laboratórios capazes de realizar culturas e testes de sensibilidade de rotina, são escassos os dados sobre TB-MDR/XDR no grupo de 22 países responsáveis por 80% da carga de TB. Objetivo: Avaliar o número de casos de resistência do Mycobacterium tuberculosis (M. tuberculosis) frente aos fármacos anti-TB. Material e Métodos: Um estudo retrospectivo do perfil de sensibilidade das cepas de M. tuberculosis foi realizado na Faculdade de Medicina/Hospital das Clínicas/Universidade Federal de Minas Gerais/Belo Horizonte/MG, entre 2007 e 2011. Foram analisados 289 cepas do M. tuberculosis. Os Testes de Sensibilidade (TS) foram realizados pela Fundação Ezequiel Dias/MG com os medicamentos: Estreptomicina (S), Isoniazida (H), Pirazinamida (Z), Etambutol (E) e Rifampicina (R). Resultados: Em 64,7% (187/289) das culturas tiveram o TS realizado. Em 7,48% apresentaram resistência a algum dos medicamentos testados, sendo 42,8% resistentes à H, 21,4% a S, 7,1% a H+ E, a R, a E, a S+H e também a R+H (MDR). Discussão/Conclusão: A maioria dos hospitais no Brasil não tem programa de controle estruturado ou laboratórios de micobactérias que atuem de modo sistemático na transmissão da TB intra-hospitalar. A resistência a H é preocupante principalmente quando associada ao E, já que o tratamento atual inclui a associação deste último na primeira etapa do esquema básico. Neste hospital de alta complexidade casos de transmissão nosocomial pode ocorrer com cepas resistentes, já que foram identificadas 42,8% de resistência. É fundamental o conhecimento de cepas resistência somente a R, já que metodologias moleculares atuais de diagnóstico utilizam somente o resultado de mutações a R (por ex: GeneXpert®). Assim, é necessário a realização do TS para conhecer a real prevalência de cepas resistentes somente a R e a outros fármacos no Brasil e controle da TB hospitalar.


Palavras-chave:  M. tuberculosis, Resistência, Hospitais