XXI ALAM
Resumo:261-1


Poster (Painel)
261-1ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DA PEÇONHA DE SERPENTES EM AMOSTRAS DE Acinetobacter baumannii RESISTENTES AOS CARBAPENÊMICOS E CEFALOSPORINAS DE TERCEIRA E QUARTA GERAÇÃO
Autores:Luiz Fernando Barbaresco (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Ana Carolina Portella Silveira (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Munick Paula Guimarães (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Célio Dias Santos Júnior (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Ana Maria Bonetti (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Geraldo Batista Melo (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Maria Inês Homsi Brandeburgo (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Malcon M. Brandeburgo (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Karinne Spirandelli Carvalho Naves (UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

A espécie Acinetobacter baumanii vem se destacando ao longo dos últimos anos como um importante patógeno hospitalar devido à resistência apresentada aos principais antimicrobianos disponíveis. Neste contexto, diferentes pesquisas tentam demonstrar a utilização de substâncias com atividade antibacteriana, uma vez que as opções disponíveis são superadas por mecanismos de resistência. Dentre as opções avaliadas na última década estão peçonhas de serpentes da família Viperidae, as quais se apresentaram efetivas contra bactérias Gram-positivas e negativas, em distintos ensaios, porém, não contra A. baumannii. O objetivo dessa investigação foi avaliar a atividade antibacteriana de peçonhas obtidas de espécies do gênero Bothrops e Bothropoides em amostras de A. baumannii resistentes aos carbapenêmicos e cefalosporinas de terceira e quarta geração. Para a determinação do perfil de sensibilidade, as amostras foram sub-cultivadas em Ágar TSA pela técnica de esgotamento e incubadas a 370C por 24 horas. Cerca de 3 a 5 colônias representativas foram semeadas em 5mL de caldo TSB. A suspensão foi incubada a 370C até atingir uma turvação equivalente à escala 0,5 de MacFarland, que corresponde à concentração de, aproximadamente, 108 UFC/mL e semeada em Ágar Mueller-Hinton. A atividade antimicrobiana foi verificada por meio da técnica de microdiluição em caldo (CIM), seguindo técnica padrão, utilizando-se as peçonhas de Bothrops leucurus, Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothropoides pauloensis, Bothropoides jararaca e a fosfolipase A2 BthTX-I derivada de Bothrops jararacussu. A leitura das placas mostrou que as peçonhas impediram o crescimento de A. baumannii. A proteína BthTX-I derivada de B. jararacussu também foi efetiva, impedindo o crescimento da bactéria. Os valores de CIM verificados foram: B .leucurus 31.2 µg/mL, B. jararacussu 125 µg/mL, B. moojeni 250 µg/mL, B.pauloensis 250 µg/mL e B.jararaca 250 µg/mL. Essa pesquisa demonstra pela primeira vez um composto antimicrobiano, derivado de peçonhas do gênero Bothrops e Bothropoides, eficiente contra as bactérias A. baumannii que são resistentes aos carbapenêmicos e cefalosporinas de terceira e quarta geração.


Palavras-chave:  Atividade antimicrobiana, Bothropoides, Bothrops, Acinetobacter