XXI ALAM
Resumo:260-1


Poster (Painel)
260-1DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DO VÍRUS DA HERPES SIMPLES
Autores:Amanda de Oliveira Lopes (IOC - Instituto Oswaldo Cruz) ; Amanda Perse da Silva (IOC - Instituto Oswaldo Cruz) ; Vanessa Salete de Paula (IOC - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

A Herpes é uma doença viral recorrente, geralmente benigna, causada pelo vírus da Herpes simples tipo 1 (HSV-1) pertencente a família dos Herpesviridae. Na maioria dos casos o HSV-1 provoca lesões ao redor da boca (herpes labial, gengivoestomatite, faringite herpética), mas complicações neurológicas graves são muito frequentes em pessoas imunocomprometidas. O tratamento atual consiste em uso de antivirais orais, que oferecem excelentes resultados nas crises agudas. Porém não existe um tratamento totalmente eficaz para o tratamento da herpes. Em relação ao diagnóstico laboratorial, o padrão-ouro continua sendo o isolamento viral, sendo que em muitos casos devido aos baixos títulos virais, o vírus não pode ser isolado. Outro método de escolha de diagnóstico da infecção por HSV é a reação em cadeia da polimerase (PCR), sendo um método altamente sensível é específico, além de permitir o diagnóstico com diferentes materiais como sangue, liquor, swab e escovado da lesão. O objetivo deste trabalho foi padronizar a reação de PCR em tempo real para auxiliar o diagnóstico de detecção e quantificação do HSV-1 em pacientes imunocomprometidos, além de avaliar o método mais eficiente para o diagnóstico do HSV-1, através da comparação entre a técnica de PCR convencional com a técnica de PCR em tempo real. A metodologia e materiais utilizados foram 72 amostras de pacientes HIV positivos, masculinos e femininos, na faixa etária entre 10 a 69 anos e coletados nos anos 1988, 2000, 2003 e 2004. Essas amostras foram testadas pelas técnicas de PCR convencional e PCR em tempo real. Nos resultados, observou-se que no PCR convencional com oligonucleotídeo para a região gD, que obteve 35% de amostras positivas, apenas uma amostra não foi amplificada comparado com o PCR convencional com oligonucleotídeo para a região UL39, que obteve 36% de amostras positivas. Já o PCR em tempo real obteve 99% de amostras positivas, demonstrando a excelente sensibilidade e especificidade desta técnica. Concluiu-se, então, que a utilização da PCR em tempo real possibilitou a detecção da co-infecção do HSV-1 em pacientes infectados com HIV e foi mais sensível quando comparado com o PCR convencional.


Palavras-chave:  Vírus da Herpes simples tipo 1, PCR convencional, PCR em tempo real