XXI ALAM
Resumo:255-3


Poster (Painel)
255-3Atividade imunomoduladora de glucana sobre leveduras de candidíase vulvovaginal.
Autores:Patrícia de Souza Bonfim-mendoça (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Flavia Kelly Tobaldini (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Bianca Altrão Ratti (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Adriana Fiorini (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Janine da Silva Ribeiro Godoy (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Franciele Abigail Vilugron Rodrigues (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Sueli de Oliveira Silva Lautenschlager (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Terezinha Inez Estivalet Svidizinski (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

Novas opções para terapia antifúngica têm crescido substancialmente, porém, tem sido demonstrado que todo arsenal não é suficiente para a cura definitiva de algumas infecções, dentre elas a Candidíase vulvovaginal (CVV) e em especial as de carater recorrente (CVVR). Para a abordagem terapêutica é de grande importância a manutenção da imunocompetência das pacientes, uma vez que é fundamental a resposta imune frente às infecções. A estimulação desta resposta tem sido considerada de grande relevância e a atividade fagocítica de polimorfonucleares (PMN) é considerada um mecanismo importante para proteção do hospedeiro contra candidíases. Dentre os componentes imunoestimulantes destaca-se a glucana, um polissacarídeo composto de unidades de glicopiranoses unidas por ligações glicosídicas β1-3 de alto peso molecular. O objetivo desse estudo foi avaliar o possível potencial modulador da glucana frente a PMN ativados com diferentes isolados de Candida albicans oriundos de pacientes com CVV (episódios recorrentes - CVVR, único episódio CVV e sem sintomas clínicos) e com cepa C. albicans ATCC 90028. PMN foram isolados do sangue periférico de doadores saudáveis e tratados por 1h com glucana (3mg), e então co-incubados na relação 10:1 com os diferentes grupos de leveduras. O ensaio foi realizado sob agitação a 37ºC e a atividade fagocítica foi determinada em tempos regulares de (0, 30, 60, 90 e 120 min), através da contagem de unidades formadoras de colônia por mL. Paralelamente, as leveduras com PMN sem glucana foram testadas como controle. Os resultados obtidos mostraram que leveduras isoladas de pacientes com CVV e CVVR foram mais resistentes à fagocitose por PMN do que a cepa ATCC 90028 de C. albicans e a obtida de mulher assintomática. Quando as mesmas leveduras foram expostas à PMN tratados com glucana houve significativa redução nesta resistência (p< 0,005), principalmente o grupo CVVR. Esses resultados são promissores pois sugerem que glucana de fato exerce uma ativação da atividade fagocítica e justamente em leveduras obtidas de pacientes sintomáticos, ou seja, frente a isolados supostamente com maior potencial de virulência.


Palavras-chave:  Candida albicans, Candidiase vulvovaginal, Glucana