XXI ALAM
Resumo:255-2


Poster (Painel)
255-2Perfil de susceptibilidade de leveduras do gênero Candida spp. isoladas da secreção orotraqueal de pacientes intubados e traqueostomizados do Hospital Universitário de Maringá frente a antifúngicos convencionais.
Autores:Flavia Kelly Tobaldini (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Patrícia de Souza Bonfim-mendoça (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Sergio Seiji Yamada (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Janine da Silva Ribeiro Godoy (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Sergio Grava (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Luciano Ferraz Penteado de Macedo (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Eliane Martins da Silva Bettega (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Terezinha Inez Estivalet Svidizinski (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

Os relatos de infecções por leveduras do gênero Candida spp. cresceram significativamente, a partir da década de 80, incluindo C. albicans e espécies não C. albicans. Este gênero é responsável por cerca de 80% das infecções de origem fúngica, apresentando taxa de mortalidade da ordem de 40 a 60%. Apesar de o trato respiratório ser reconhecidamente colonizado e também atuar como porta de entrada, ainda não estão disponíveis protocolos e critérios que permitam diferenciar colonização de infecções causadas por leveduras. Considerando o risco de evoluir para fungemia e, o restrito arsenal terapêutico de drogas antifúngicas, é de grande relevância o conhecimento sobre o perfil de sensibilidade de leveduras do gênero Candida isoladas de secreções orotraqueais de pacientes graves, intubados ou traqueostomizados, submetidos a ventilação mecânica. Secreções traqueais foram coletadas assepticamente e encaminhadas ao Laboratório de Micologia Médica/UEM e também tubos orotraqueais (TOT)foram removidos. Amostras foram cultivadas em técnicas quantitativas e triadas, em meio cromogênico CHROMágar Candida a 25ºC. As leveduras foram identificadas pelas provas clássicas. A concentração inibitória mínima (CIM) para fluconazol, anfotericina B e voriconazol foi determinada por microdiluição em caldo, seguindo o protocolo estabelecido pelo Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI), publicado no documento M27-A3. Os 78 isolados obtidos foram assim distribuídos: 62% eram Candida albicans e 38% não-albicans incluindo C. tropicalis (20%), C. parapsilosis (10%), C. glabrata (4%) e C. krusei (4%). As leveduras de um modo geral foram sensíveis a anfotericina B, para fluconazol e voriconazol os valores de MIC 50 e MIC 90 foram 0,25ug/mL e 16ug/mL; 0,03ug/mL e 0,5ug/mL respectivamente. Esses valores mostram CIMs elevadas de fluconazol, antifúngico usado rotineiramente na prática clínca. Este cenário mostra a alta frequência de espécies não-albicans, menos susceptíveis, o que reforça a importância da utilização de metodologias adequadas para o acompanhamento e monitoramento adequado de pacientes críticos em unidades de terapia intensiva, com o intuito de prevenir infecções disseminadas por leveduras do gênero Candida.


Palavras-chave:  Antiúngicos, Candida spp, Susceptibilidade, TOT