Resumo

A resistência bacteriana tem se tornado alvo de muitos estudos, visto o grande problema que representa em infecções hospitalares. As drogas disponíveis comercialmente estão cada vez menos eficientes no tratamento de infecções bacterianas e as bactérias Gram positivas são responsáveis por grande parte das infecções hospitalares, acarretando graves problemas à Saúde Pública. Portanto, é necessária a busca de novas substâncias que sejam eficazes no tratamento das infecções bacterianas. As plantas utilizadas na medicina popular apresentam um grande potencial no combate a essas infecções e isso se dá pela grande diversidade de moléculas presentes nos extratos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade bacteriostática e bactericida de cinco extratos vegetais em concentrações que variaram de 2,0 – 0,25 mg/mL diluídos em dimetil sulfóxido 20% (DMSO): Melissa officinalis, Mentha sp., Ocimum basilicum, Rosmarinus officinali e Plectranthus barbatus frente a três bactérias Gram positivas, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Streptococcus mutans. Para atingir esses objetivos, foi calculada a concentração inibitória mínima (CIM), aquela capaz de inibir 80% do crescimento bacteriano, que foi avaliada através do método de microdiluição em caldo em placas de 96 poços (CLSI, 2003) e cuja leitura foi feita em espectofotômetro (540 nm). Em seguida, 10 uL foram retirados dos poços que não havia crescimento bacteriano e foram transferidos para placas de Petri contendo ágar nutriente. As placas foram incubadas por 24 horas a temperatura de 37 ºC para posterior contagem das unidades formadoras de colônias (UFC). Os experimentos foram realizados em triplicata, duas vezes independentes. O extrato de Rosmarinus officinalis foi o que mostrou melhor atividade, sendo bactericida na concentração de 0,25 mg/mL frente a S. aureus e na concentração de 2 mg/mL frente a E.faecalis e S. mutans . Além disso, foi possível observar a Enterococcus faecalis e Streptococcus mutans atividade bacteriostática do extrato de Plectranthus barbatus na concentração de 1 mg/mL frente às três bactérias testadas e atividade bactericida sobre S. aureus. Os resultados são promissores e indicam uma atividade bactericida dos extratos, sendo capazes não só de inibir o crescimento, como também de matar as bactérias. Dessa forma, tornam-se alternativas importantes no tratamento de infecções bacterianas e na descoberta de novos medicamentos com ação antibacteriana. Agências Financiadoras: FAPEMIG/UFSJ e CNPq.