XXI ALAM
Resumo:239-3


Poster (Painel)
239-3CONDIÇÕES HIGIENICO SANITÁRIAS DA ROTINA DE ORDENHA EM DUAS FAZENDAS DA BACIA LEITEIRA DO ESTADO DE ALAGOAS
Autores:Karla Danielle Almeida Soares (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Elizabeth Sampaio de Medeiros (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Rinaldo Aparecido Mota (UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco) ; Sarina Roberta Marques da Silva (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Elizabeth Simões do Amaral Alves (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Mariana Ferreira do Amaral (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Andrezza Thais da Silva Lino (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Alisson Rogério dos Santos Torres (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Juliana Figueirôa Agra (UFAL - Universidade Federal de Alagoas)

Resumo

Várias medidas devem ser tomadas durante o processo de ordenha para minimizar a transmissão de agentes causadores da mastite e diminuir o número desses microrganismos que podem ser transferidos ao leite depreciando sua qualidade microbiológica. Objetivou-se com esse estudo avaliar as condições higiênico sanitárias da rotina de ordenha em duas fazendas da bacia leiteira do estado de Alagoas. Avaliou-se a presença de microrganismos mesófilos utilizando-se a coleta de amostras por meio de swabs. Foram coletadas amostras de 10% dos rebanhos, antes do pré-dipping e após o pós-dipping, das mãos do ordenhador antes e após a ordenha, do tanque de refrigeração antes e após o recebimento do leite, do conjunto de teteiras da ordenhadeira mecânica antes e após as atividades de ordenha e do leite cru. Nas amostras de swabs coletadas antes do pré-dipping nas duas fazendas o número de colônias variou de 3,1x10³UFC/mL a 6,5x106UFC/mL, e nos swabs coletados depois do pós-dipping a contagem variou de 0 a 6,5x106UFC/mL. Em 16% (8/50) das amostras coletadas após o pós dipping não foram encontradas unidades formadoras de colônia, pode-se atribuir esse resultado a ação do desinfetante utilizado. Quando avaliada as mãos do ordenhador antes e após a ordenha, observou-se aumento na contagem de microrganismos mesófilos de 2,5x10³UFC/mL para 6,5x106UFC/mL. Esse aumento pode ser atribuído ao contato das mãos do ordenhador com os utensílios de ordenha e com a pele do animal. Em relação ao tanque de refrigeração antes e após o recebimento do leite, na fazenda A o número de microrganismos foi superior a 6,5x106, já na fazenda B não se detectou unidades formadoras de colônias. Quanto ao conjunto de teteiras antes das atividades de ordenha, na fazenda A não foram encontradas unidades formadoras de colônia, já após as atividades foram encontrados valores superiores a 6,5x106 UFC/mL. Na fazenda B houve variação de 9,1x10² UFC/mL para 6,5x106 UFC/mL antes e após as atividades. O leite cru apresentou contagem de mesófilos de 1,4x105 UFC/mL na fazenda A e 6,5x106 UFC/mL na fazenda B. Conclui-se com esse estudo que ocorreram elevadas contagens de microrganismos mesófilos nas amostras de swabs analisadas. Tornam-se necessárias a implantação de boas práticas na rotina de ordenha para minimizar os riscos de transmissão de patógenos e aumentar a qualidade do leite produzido.


Palavras-chave:  ordenha, microrganismo, leite