XXI ALAM
Resumo:225-1


Poster (Painel)
225-1DETERMINAÇÃO DA MICROBIOTA BACTERIANA DA ARANHA CARANGUEJEIRA Maraca horrida DA AMAZÔNIA BRASILEIRA E SEU PAPEL NA PROTEÇÃO DO ANIMAL
Autores:Maria Eduarda Grisolia (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Henrique Bomfim Pinheiro (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Takeshi Matsuura (UFAM - Universidade Federal do Amazonas)

Resumo

Um dos animais silvestres mais procurados, como animais de estimação, são as aranhas caranguejeiras devido ao pequeno espaço ocupado e manutenção simples. As caranguejeiras da espécie Maraca horrida são comuns da região Amazônica, distribuídas principalmente no Brasil e Venezuela. Com o crescimento das áreas urbanas e o desmatamento, o número de residências próximas a matas aumentou, havendo o encontro frequente da população com essas aranhas, mesmo de pessoas que não tem afeiçoamento por elas. As tarântulas não são agressivas, porém suas defesas são destacadas, possuindo pelos urticantes e veneno forte, no entanto não há dados de casos na medicina com acidentes letais causados por elas. A Maraca horrida se enquadra como uma aranha de caráter defensivo mais destacado, por tanto não é tão comum sua utilização como animal de estimação por iniciantes, sendo mais utilizada por pessoas mais experientes. O contato desta espécie com o ser humano é preocupante, pois não existem dados científicos sobre a microbiota da mesma, assim como os riscos biológicos envolvidos, portanto faz-se importante determinar o risco microbiológico que essas aranhas possam oferecer como animais de estimação. A determinação da microbiota deu-se através do isolamento e identificação das bactérias totais da superfície externa (exoesqueleto), da boca e do trato digestivo dessas aranhas. As aranhas passaram por processo de esterilização de superfície e dissecação para retirada do trato digestório, que foi diluído em série e isolamento pela técnica de spread-plate. O estudo da microbiota geral da boca da aranha foi realizado através da coleta com swab e a do exoesqueleto através da lavagem do animal, ambas as amostras foram transferidas para placas contendo o meio de cultura Ágar Sangue, incubados a 30º C por até 120h. A partir das metodologias foram obtidos os seguintes resultados parciais, da boca da aranha, da superfície externa e trato digestório foram isolados 5 (25%) cocos Gram-positivos; 3 (15%) cocos Gram-negativos; 3 (15%) bacilos Gram-positivos e 9 (45%) bacilos Gram-negativos, sendo que 30 linhagem estão em processo de identificação. Estudos ainda estão em andamento para determinação taxonômica dos isolados e das características biotecnológicas de importância. Testes de caracterização da atividade antimicrobiana das linhagens isoladas contra microrganismos-teste de importância clínica estão em andamento. A grande lacuna sobre a microbiologia de aracnídeos do Brasil e seus aspectos ecológicos representa uma importante contribuição no desenvolvimento da ciência microbiológica no Brasil.


Palavras-chave:  Aranha Caranguejeira, Atividade antimicrobiana, Bactérias, Biodversidade, Maraca horrida