XXI ALAM
Resumo:189-1


Poster (Painel)
189-1Comparação entre caracterização fenotípica e genotípica na identificação de Malassezia spp. isoladas de conduto auditivo externo de equinos sadios.
Autores:Ana Lúcia Aldrovandi (UNIP - Universidade Paulista) ; Lika Osugui (UNIP - Universidade Paulista) ; Selene Dall' Acqua Coutinho (UNIP - Universidade Paulista)

Resumo

O presente estudo teve como objetivo isolar e identificar espécies do gênero Malassezia do conduto auditivo externo de equinos, através de provas fenotípicas e genotípicas. Foram utilizados 55 animais sadios, 39 (70,9%) machos e 16 (29,1%) fêmeas, de diferentes raças e idades, os quais foram contidos fisicamente. Após limpeza do pavilhão auricular, foi colhido cerúmen de cada conduto, pela introdução de um swab estéril. As amostras clínicas (107, pois 03 delas foram descartadas, devido contaminação) foram enviadas ao Laboratório de Biologia Molecular e Celular da Universidade Paulista (UNIP), aonde foram semeadas em placas contendo meio de Dixon modificado, as quais permaneceram incubadas a 32°C por até duas semanas, a fim de se detectar o crescimento de colônias. As colônias isoladas foram estudadas macro e micromorfologicamente, para se confirmar a morfologia característica do gênero. A identificação fenotípica em espécies foi baseada em aspectos fisiológicos da levedura, verificando seu comportamento frente a diferentes fontes de lipídios, sendo empregados Tween 20, 40, 60 e 80, e cremophor-EL, testando-se ainda, produção da enzima catalase e degradação de esculina. Malassezia sp foi isolada em 33/55 (60,0%) dos animais e em 52/107 (48,6%) dos condutos. Nos testes fenotípicos, nenhuma das cepas cresceu em ágar Sabouraud dextrose, sendo, portanto, lipodependentes. Todas as cepas produziram a enzima catalase e degradaram esculina. Verificou-se assimilação de Tween 20, 40, 60 e 80, ausência de assimilação de cremophor-EL em 37/52 (71,2%) das cepas isoladas; as outras 15 cepas apresentaram diferentes padrões de leitura, entretanto, nenhum dos resultados obtidos possibilitou caracterização fenotípica em espécie. Após extração do DNA, através de fervura durante 10 minutos, as amostras foram submetidas à técnica de PCR (Polymerase Chain Reaction) e, posteriormente, à técnica de RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism) nos produtos obtidos da PCR, utilizando-se as enzimas de restrição BstCI e HhaI, caracterizando-se molecularmente M. nana (81,5%) e M.slooffiae (18,5 %). Uma vez que não há estudos dessa natureza no país, este projeto é importante ao estabelecer a presença de espécies lipodependentes do gênero Malassezia como constituintes da microbiota do conduto auditivo externo de equinos, auxiliando o clínico veterinário nas condutas a serem adotadas em casos de otite. Conclui-se que, os testes fenotípicos não são adequados e suficientes quando se está pesquisando cepas de Malassezia de origem equina, necessitando-se complementação com provas moleculares, a fim de identificação em espécies.


Palavras-chave:  conduto auditivo, caracterização fenotípica e genotípica, equinos, Malassezia, MICROBIOTA