XXI ALAM
Resumo:188-1


Poster (Painel)
188-1FUNGOS FILAMENTOSOS ASSOCIADOS À FOLHA DE Morinda citrifolia
Autores:Jennifer Salgado da Fonseca (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Tamiris Rio Branco da Fonseca (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Anne Caroline Dantas Tavares (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Raiane Áila Teixeira Souza (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Taciana de Amorim Silva (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Maria Francisca Simas Teixeira (UFAM - Universidade Federal do Amazonas)

Resumo

A região Amazônica abriga uma vasta diversidade microbiana ainda não explorada totalmente pelo campo científico e que vem despertando um grande interesse no setor industrial. Desta diversidade, alguns fungos associados às plantas expressam atividade enzimática e antimicrobiana, uma vez que, geralmente vivem em simbiose, sem causar danos aparentes as plantas. Este estudo visou isolar e identificar fungos epifíticos e endofíticos com potencial biotecnológico para produção de enzimas hidrolíticas (protease, amilase, lipase e celulase). O isolamento dos fungos foi realizado a partir de fragmentos, aproximadamente 5 mm2, de folhas sadias de noni (Morinda citrifolia) provenientes de cinco áreas: base, nervura central, ápice, nervura lateral e entre as veias laterais. Os fragmentos passaram por assepsia com hipoclorito de sódio e água destilada (epifíticos) ou hipoclorito de sódio, álcool 70% e água destilada (endofíticos) para em seguida serem inoculados em meio Rosa Bengala + clorafenicol. As culturas foram incubadas por sete dias a 25°C, com monitoramento a cada 24 horas. A purificação das culturas foi realizada nos meios BDA e Sabouraud para a identificação morfológica e posterior realização do ensaio enzimático pela técnica do bloco de gelose com discos de micélio de 10 mm. As culturas puras foram avaliadas quanto à produção de protease, amilase, lipase e celulase. Dos 46 fungos isolados da folha de Morinda critrifolia, apenas 24 foram purificados. Destes, 29% se enquadram no grupo Mycelia sterilia e os outros 71% nos gêneros Aspergillus (20%), Colletrotrichum (20%), Cylindrocladium (4%), Dothichiza (4%), Exoxharalla (4%), Penicillium (4%), Pestalotiopsis (4%), Phoma (4%), e Phyllosticta (4%). Foi evidenciado o potencial de produção de amilase por 58% dos isolados; 54% para protease e celulase; e 21% para lipase. Das linhagens estudadas, sete apresentam alta capacidade de produção de três ou mais enzimas hidrolíticas, enquanto que quatro isolados não apresentaram halo de atividade para nenhuma das enzimas testadas. Foi possível observar diversidade fúngica com grande potencial enzimático, sendo necessários estudos mais aprofundados.


Palavras-chave:  Microbiota, Noni, Potencial enzimático