Resumo

Desde o surgimento da agricultura, a criação de novos métodos no controle de pragas tem sido uma busca constante pelo homem. Nesta persperctiva, o principal método utilizado é o composto químico sintético. Apesar de fornecer uma grande contribuição para a atividade agrícola, o uso indiscriminado e constante destes produtos favoreceu o surgimento de pragas secundárias, causando danos não só ao meio ambiente, mas também à saúde humana em decorrência de sua alta toxidade. A possível utilização de fungicidas de origem vegetal tem-se mostrado um método alternativo e promissor no controle de micro-organismos fitopatógenos, além de serem de fácil obtenção e baixo custo. Assim, em busca da descoberta de novos métodos fungicidas alternativos, o objetivos deste trabalho foi avaliar a ação antifúngica in vitro de dezoito óleos essenciais frente ao fungo fitopatogênico Macrophomina phaseolina. Os óleos essenciais utilizados neste trabalho foram: Bergamota, Canela, Cedro, Cipreste, Copaíba, Eucalipito, Gengibre, Grapefruit, Laranja, Limão, Mirra, Olíbano, Patchouli, Pinho, Sálvia, Sândalo, Teatree e Tomilho. A metodologia utilizada na avaliação da atividade antifúngica in vitro foi realizada segundo adaptações da norma NCCLS M38-A para o método de microdiluição em caldo para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). Os óleos essenciais de Bergamota, Cipreste, Gengibre, Limão, Patchouli e Sândalo apresentaram atividade inibitória contra o fungo avaliado na concentração de 250 μg/mL, enquanto que os de Cedro, Eucalipto, Grapefruit, Mirra apresentaram inibição na concentração de 125 μg/mL. O óleo de copaíba foi o que apresentou maior atividade inibitória (concentração de 62,5 μg/mL) frente a Macrophomina phaseolina. Os resultados apresentados sugerem a potencialidade de aplicaç]ao desses óleos essenciais no controle de doenças fúngicas fitopatógenas.