XXI ALAM
Resumo:156-2


Poster (Painel)
156-2CRESCIMENTO CELULAR DE LACTOBACILLUS CASEI EM MEIO À BASE DE HIDROLISADO DE PECTINA
Autores:Elizandra dos Santos Silva (CAV-UFPE - Centro Acadêmico de Vitória – UFPE) ; Gabriel Olivo Locatelli (CAV-UFPE - Centro Acadêmico de Vitória – UFPE) ; Rebeka Cristiane Silva dos Santos (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Janilton Rodrigues Lima (CAV-UFPE - Centro Acadêmico de Vitória – UFPE) ; Leandro Finkler (CAV-UFPE - Centro Acadêmico de Vitória – UFPE) ; Christine Lamenha Luna Finkler (CAV-UFPE - Centro Acadêmico de Vitória – UFPE)

Resumo

A crescente demanda mundial por alimentos que promovam a saúde e bem estar têm elevado o número de pesquisas nessa área. Entre esses alimentos, conhecidos como funcionais, estão os probióticos, sendo o Lactobacillus casei um dos que apresentam maiores perspectivas industriais e comerciais. Estes micro-organismos podem ser encontrados em produtos lácticos fermentados e, em algumas composições farmacêuticas, mas poucos trabalhos têm sido feitos visando sua veiculação em outros tipos de alimentos, ou mesmo a obtenção de L. casei em alta concentração celular a partir de meio de cultura de baixo custo. A pectina é encontrada em grande quantidade nos resíduos da indústria de extração de sucos de frutas e a sua sacarificação por métodos de hidrólise ácida e enzimática, leva a obtenção de compostos redutores, principalmente ácido galacturônico e outros açúcares fermentescíveis. Portanto, o objetivo deste trabalho foi à produção de células de L. casei em meio à base de hidrolisado de pectina. A cepa de L. casei foi adquirida na coleção de culturas do Departamento de Antibióticos da UFPE. Como substrato foi utilizada a pectina cítrica (Vetec®), em solução aquosa a 10% (p/v), sacarificada por hidrolise enzimática com endo-poligalacturonase (Sigma®), por 24 horas a 50 ºC. O hidrolisado foi caracterizado quanto à composição de redutores totais pelo método de DNS e, após diluído para a formulação do meio cultura à uma concentração de 40 g/L. O inóculo foi obtido em caldo MRS, fermentado por 24 horas e adicionado (5% v/v) ao meio de cultura, incubado a 37°C por 42 horas, durante esse período o pH do meio foi mantido em 6,5 com a adição lenta de NaOH. O crescimento celular foi acompanhado pela medida de absorbância à 600 nm e pela contagem de células viáveis. Os resultados indicam que o microrganismo cresceu exponencialmente a partir de 24 horas de cultivo, com tendência de acidificação durante essa fase, ao final das 42 horas, apresentou uma concentração celular de 5,5x108 UFC/mL. Com essa concentração, de acordo com a legislação brasileira, pode ser considerado um produto probiótico, podendo ser veiculado nos mais diversos tipos de alimentos. Sendo assim, o uso de hidrolisado de pectina como substrato em meio de cultivo para L. casei demonstrou ser de grande eficácia não só pela quantidade de células viáveis produzidas como pela possibilidade de reduzir o custo do processo fermentativo.


Palavras-chave:  ácido galacturônico, crescimento, Lactobacillus casei, pectina