XXI ALAM
Resumo:143-2


Prêmio
143-2Inibição do crescimento de fungos do gênero Aspergillus produtores de ocratoxina A por extratos aquosos de erva-mate
Autores:Angela Bozza (UFPR - Universidade Federal do Paraná / UFPR - Universidade Federal do Paraná / UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; João Guilherme Destro Rodenbusch (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Gheniffer Fornari (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Felipe Neves Ferrari (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Cristiane Vieira Helm (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Patricia Dalzoto (UFPR - Universidade Federal do Paraná) ; Ida Chapaval Pimentel (UFPR - Universidade Federal do Paraná)

Resumo

A ocratoxina A é produzida por fungos, principalmente do gênero Aspergillus, sendo encontrada em vários produtos agrícolas, incluindo grãos de café. Esta micotoxina possui efeitos nefrotóxicos, imunotóxicos, sendo classificada como possivelmente carcinogênica e podendo estar relacionada com doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer. O controle do crescimento desses fungos é feito através de produtos sintéticos, entretanto, estes produtos podem ser prejudiciais à saúde, assim, pesquisas têm sido realizadas na tentativa de encontrar meios naturais capazes de inibir o crescimento de fungos produtores de micotoxinas. O presente trabalho teve como objetivo verificar o efeito de extratos de erva-mate (Ilex paraguariensis) na inibição do crescimento de fungos produtores de ocratoxina A em grãos de café. Foram testadas 4 concentrações de extratos aquosos de erva-mate de 0,1g, 0,5g, 1,0g e 10,0g de folhas em 100 mL de água ultrapura. Utilizou-se 4 linhagens de Aspergillus produtoras de ocratoxina A, A. niger, A. carbonarius, A. ochraceus e A. westerdijkiae. Os extratos foram incorporados ao meio Sabouraud fundido, no centro de cada placa foram inoculados discos de micélio de 6 mm de diâmetro, crescido por 7 dias a 28°C. As avaliações foram realizadas, em triplicata, por meio das medições dos diâmetros das colônias após 7 dias de incubação a 28°C e posteriormente calculada a porcentagem de inibição. Os dados foram analisados através da Análise de Variância (ANOVA) e teste de Tukey pelo programa Assistat. Houve diferença significativa à 1% de probabilidade entre os extratos, as concentrações e os fungos testados. Foi observado que as concentrações de 0,1g, 0,5g e 1,0g de extrato apresentaram inibição do crescimento de A. ochraceus e A. westerdijkiae, representantes da seção Circumdati, variando de 0,54% a 13,27%. A concentração de 0,5g mostrou uma capacidade inibitória maior para A. ochraceus, entretanto, para A. westerdijkiae a concentração que apresentou maior inibição foi a de 0,1g. Os extratos, nas concentrações utilizadas, não foram capazes de inibir o crescimento das linhagens de A. niger e A. carbonarius, pertencentes à seção Nigri. Conclui-se que os extratos em baixas concentrações são capazes de inibir o crescimento de fungos da seção Circumdati, entretanto, não mostraram efeitos inibitórios em fungos da seção Nigri. Apoio/financiamento: Capes


Palavras-chave:  Café, Micotoxinas, Ilex paraguariensis