XXI ALAM
Resumo:137-1


Poster (Painel)
137-1Degradação do Pentaclorofenol pela lacase de Psilocybe castanella CCIBt2781
Autores:Kátia Maria Gomes Machado (IPECI - Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas / (UNISANTOS) - Universidade Católica de Santos) ; Glauciane Danusa Coelho (UFCG - Universidade Federal de Campina Grande)

Resumo

Pentaclorofenol (PCP) foi usado desde a década de 1930 como agrotóxico e preservativo de madeira e tem sido banido de muitos países devido ao seu potencial carcinogênico. No Brasil, o PCP teve sua comercialização proibida em agosto de 2006. Clorofenóis, incluindo o PCP, servem de substrato para enzimas oxidativas como lacases, as quais compõem o complexo enzimático de fungos basidiomicetos causadores da podridão branca da madeira. Avaliou-se a capacidade da lacase de P. castanella degradar PCP in vitro. O Fungo Psilocybe castanella foi mantido em MEA 2%. A lacase foi obtida do cultivo do fungo em bagaço de cana de açúcar suplementado com farinha de soja na C/N=90 em presença de solo de restinga. O extrato enzimático foi submetido à precipitação de proteínas com sulfato de amônio, ressuspenso em tampão acetato de sódio, dialisado, clarificado com PVPP, concentrado por ultrafiltração e eluído em coluna de exclusão molecular Sephadex G-200. A atividade lacase foi determinada pela oxidação do ABTS a 420nm. A degradação do PCP foi determinada por HPLC, usando coluna de fase reversa Hipersyl, (R Sil C18 - 10 μm) tendo como fase móvel isocrática acetonitrila: água: ácido acético (75:25:0,125) e fluxo de 0,9 mL.min-1. Detecção do PCP foi a 254 nm e o tempo de retenção foi de 6,9 a 7,2 min. A máxima degradação do PCP foi observada nas concentrações de 100 e 150 μg.mL-1, com redução de 26,1% e 26,55% da concentração inicial de PCP, respectivamente. A degradação do PCP em função do pH, teve perfil semelhante ao obtido para o pH ótimo da enzima, sendo observado aumento da degradação do PCP com a diminuição do pH, e a maior degradação ocorreu em pH 3,5. ABTS e RBBR, substâncias conhecidas por serem mediadores de lacase, não favoreceram a degradação do PCP. Cloreto de ferro e o sulfato de ferro inibiram completamente a degradação do PCP por esta enzima. A lacase de P. castanella foi capaz de degradar o PCP in vitro. A concentração inicial de PCP em meio de reação influenciou significativamente a degradação desse poluente. Os resultados evidenciam a participação da lacase de P. castanella no processo de degradação do PCP.


Palavras-chave:  basidiomicetos, degradação in vitro do pentaclorofenol, enzima ligninolítica, lacase, Psilocybe castanella