XXI ALAM
Resumo:130-2


Poster (Painel)
130-2IDENTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS PRESENTE EM MÃOS DE SERVIDORES E SUPERFÍCIES DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA EM HOSPITAL NO PARANÁ
Autores:Eliane Martins da Silva Bettega (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Elaine Sciunit Benites Mansano (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Adriana Fiorini (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Patrícia de Souza Bonfim de Mendonça (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Rafael Olegário dos Santos (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Karina Mayumi Sakita (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Terezinha Inez Estivalet Svidzinski (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local mais vulnerável à ocorrência de Infecção Hospitalar (IH) devido às características de gravidade dos pacientes atendidos, expostos a procedimentos invasivos e tratamento imunossupressor. Nesse ambiente, infecções por leveduras deixaram de ser raridade, pois, devido à imunossupressão do hospedeiro, os micro-organismos provocam sérios quadros infecciosos. O objetivo desse estudo foi verificar a presença de leveduras em superfícies e em colonização de mãos dos servidores de uma UTI adulto de um hospital da região Noroeste do Paraná. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa envolvendo seres humanos, protocolo CAAE 0448.0.093.000-11. As superfícies foram escolhidas de acordo com a frequência em que os profissionais as manipulavam: teclado de computador, maçanetas de portas, teclados dos aparelhos de ventilação mecânica, botões reguladores inferiores dos aparelhos de ventilação mecânica, teclados das bombas de infusão de medicamentos, estetoscópios, superfícies das mesas de apoio, grades de proteção da maca, manivela de regulagem de altura das macas, pastas de prontuários, entre outros. As coletas foram realizadas com “swabs” umedecidos em salina com Tween-80 1%. A coleta das amostras de mãos foi realizada através da técnica de lavagem em sacos plásticos esterilizados. As amostras foram cultivadas em caldo Sabouraud por 48 horas. As colônias de leveduras foram triadas em meio CHROMagar Candida® e incubadas por 24 horas. Em seguida foi realizado microcultivo em lâmina, com ágar-fubá Tween-80 por 48-72 horas. A identificação foi complementada pela técnica de RFLP (Polimorfismos de tamanho de fragmentos de restrição). Os resultados parciais das amostras indicaram a seguinte distribuição: Candida parapsilosis (58%); C. glabrata (9%); C. albicans (9%); C. krusei (2%); 22% das leveduras pertencem a outras espécies e estão em fase de identificação através da técnica de seqüenciamento da região ITS1-4. Os resultados confirmam a importância das mãos e superfícies hospitalares como reservatórios de leveduras. Se por um lado é um dado alarmante por outro mostram que as IH por fungos podem ser reduzidas com a adequada higienização das mãos antes e após a realização de procedimentos envolvendo pacientes debilitados, além da manutenção das superfícies limpas e desinfetadas, entre outras medidas profiláticas.


Palavras-chave:  Candida, Infecção Hospitalar, Leveduras, Mãos, Unidades de Terapia Intensiva