XXI ALAM
Resumo:126-2


Poster (Painel)
126-2EVIDÊNCIA SOROLÓGICA DE EXPOSIÇÃO À Bartonella spp. EM CANÍDEOS E FELÍDEOS SELVAGENS NO BRASIL
Autores:Luiz Ricardo Gonçalves (FCAV/UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Marcos Rogério André (FCAV/UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Rosangela Zacarias Machado (FCAV/UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Bartonella spp. são bactérias gram-negativas, altamente adaptadas a vários hospedeiros mamíferos, incluindo o homem, causando diferentes manifestações clínicas e patológicas em dependência da espécie e hospedeiros envolvidos. A transmissão ocorre através da picada de diferentes artrópodes durante a hematofagia, sendo a pulga do gato (Ctenocephalides felis felis) um dos principais vetores entre felídeos e canídeos. O presente estudo objetivou verificar se canídeos e felídeos selvagens mantidos em cativeiro em zoológicos do Brasil são expostos à Bartonella spp., utilizando técnicas moleculares e sorológicas. Para tal, amostras de sangue total e soro foram coletadas de 97 canídeos selvagens brasileiros, 3 canídeos exóticos e 148 felídeos selvagens neotropicais,17 felídeos exóticos, mantidos em cativeiro em zoológicos dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal. Os soros foram utilizados na detecção de anticorpos IgG anti-Bartonella henselae e anti-Bartonella quintana pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI). O DNA extraído a partir das amostras de sangue total foi utilizado na Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) para Bartonella spp., utilizando-se para tal oligonucleotídeos iniciadores que amplificam a região intergênica do gene 16S-23S do RNA ribossomal (ITS). Todas as amostras mostraram-se negativas na PCR para Bartonella spp., fato este que pode ser explicado pelo limite de detecção da técnica associado possivelmente à baixa bacteremia presente no momento da colheita das amostras. Quarenta e nove felídeos (29,69%) mostraram-se soropositivos para Bartonella spp., sendo cinco (10,20%) soropositivos para B. henselae, nove (18,36%) para B. quintana e 35 (71,42%) para ambas. Um canídeo (1%) mostrou-se soropositivo para B. henselae. Os resultados do presente estudo demonstram que felídeos e canídeos selvagens mantidos em cativeiro em zoológicos do Brasil são expostos à Bartonella spp. Futuros estudos devem ser conduzidos a fim de elucidar o papel dos carnívoros selvagens na epidemiologia da bartonelose no Brasil. Agência de Fomento: FAPESP


Palavras-chave:  Bartonella spp, Zoonose, RIFI, PCR, Carnívos selvagens