XXI ALAM
Resumo:57-1


Poster (Painel)
57-1BRUCELOSE CANINA NO MUNICÍPIO DE ARACAJU, SERGIPE
Autores:Gabriel Isaías Lee Tunon (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Maurício Gauterio Dasso (IPVDF - INSTITUTO DE PESQUISAS VETERINÁRIAS DESIDÉRIO FINAMOR) ; Talmay Tavares Santos Vasconcelos (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Isabela Jacob Ribas (UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

Resumo

Introdução: A brucelose canina, causada por Brucella canis, e esporadicamente por B. abortus, é uma doença infectocontagiosa do aparelho reprodutivo. De importância econômica para criadores de cães, o caráter zoonótico da brucelose também deve ser considerado em virtude da complexa relação da população canina com os seres humanos. O objetivo deste trabalho foi o de pesquisar a soroprevalência da brucelose canina no município de Aracaju-SE e verificar a ocorrência de casos humanos no período de 2001-2010. Material e Métodos: Entre julho de 2011 e junho de 2012 foram coletadas 140 amostras de soro canino no Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura Municipal de Aracaju. Para o diagnóstico sorológico da infecção por B. canis foi utilizada a prova de imunodifusão em gel de agarose, e para B. abortus, a prova do antígeno acidificado tamponado, ambas realizadas no Laboratório de Brucelose do Instituto de Pesquisa Veterinária Desidério Finamor do Rio Grande do Sul. A ocorrência de casos humanos foi verificada através de pesquisa dos arquivos do Laboratório Central da Fundação de Saúde Parreiras Horta do estado de Sergipe (LACEN/SE). Resultados e Discussão: Das 140 amostras analisadas, nenhuma foi positiva para B. canis. A primeira pesquisa do tipo foi realizada por nossa equipe em 2010, quando encontramos uma prevalência de 1,65% em 363 soros analisados, confirmando a circulação da doença em cães de Aracaju. Também foi realizada a pesquisa de anticorpos contra B. abortus, sendo que nenhuma das amostras foi positiva. É importante salientar que em vários bairros da periferia de Aracaju podem ser encontrados diariamente animais de criação como equinos, bovinos, caprinos e suínos, livres nas ruas e/ou presos nos seus criadouros, podendo servir esses animais, se contaminados, como fonte de infecção para o cão. Segundo os registros do Lacen/SE, não foram registrados casos de brucelose humana no período de estudo. Conclusões: Não foi constatada a presença de cães soropositivos para B. canis ou B. abortus e nem de casos humanos no período 2001-2010. Com os resultados apresentados, há uma sinalização evidente da necessidade de estudos posteriores utilizando uma amostragem representativa, como também informar à população sobre a brucelose canina e os riscos dessa zoonose, por serem os cães o principal reservatório e na maioria das vezes, clinicamente assintomáticos.


Palavras-chave:  Brucella abortus, Brucella canis, epidemiologia, soroprevalência, zoonose