XXI ALAM
Resumo:41-3


Poster (Painel)
41-3Antagonismo de actinomicetos endofíticos de Paullinia cupana var. sorbilis frente ao fitopatógeno Colletotrichum guaranicola
Autores:Ana Cecília Nina Lobato (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Italo Thiago Silveira Rocha Matos (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Bruna Munithelly Villalba (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Rozana de Medeiros Sousa Galvão (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Pedro Queiroz Costa Neto (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; Spartaco Astolfi Filho (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; José Odair Pereira (UFAM - Universidade Federal do Amazonas) ; João Lúcio Azevedo (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) ; Elliot Watanabe Kitajima (ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz)

Resumo

Conhecido popularmente como guaranazeiro, Paullinia cupana var. sorbilis (Martius) Ducke), é uma planta liana da tribo Paullinieae, família Sapindaceae, que possui importância cultural e econômica especialmente nas indústrias farmacêutica e de alimentos. O Brasil é o principal produtor de guaraná, com destaque para os estados do Amazonas e Bahia. Apesar da sua relevância, a guaranicultura tem sido assolada por doenças que têm levado ao declínio da produtividade principalmente no município de Maués-AM, onde as condições de temperatura e umidade favorecem o desenvolvimento dos fitopatógenos. A doença de maior impacto na guaranicultura amazonense é a antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum guaranicola. Actinomicetos são bactérias Gram positivas que se assemelham morfologicamente a fungos. Alguns estudos demonstraram que esses microrganismos vivem em diversos habitats, onde influenciam no crescimento e na proteção de raízes ao colonizarem seu interior, produzindo metabólitos que inibem outros microrganismos. Estes poderiam, portanto, ser utilizados no controle biológico de fitopatógenos. Trinta e uma colônias de actinomicetos endofíticos de P. cupana foram avaliadas quanto ao potencial antagônico frente à C. guaranicola. Fragmentos circulares (d = 8mm) de micélio dos actinomicetos foram inoculados em placas de Petri contendo Agar Batata Dextrose (pH = 5,0) contendo inóculos de C. guaranicola. As placas foram incubadas a 28 ºC por até 10 dias, observadas a cada 24 horas para detecção de antagonismo. Os ensaios foram executados em duplicata. Vinte e seis colônias (83,9%) foram capazes de inibir o crescimento micelial do fitopatógeno, sendo que vinte e quatro (77,5%) apresentaram formação de halos de inibição e duas (6,5%) inibiram o crescimento de C. guaranicola por ocasião do contato entre os micélios. Cinco ensaios (16,1%) foram classificados como resultados negativos, nos quais o micélio do fitopatógeno se sobrepôs ao dos actinomicetos. Os resultados indicam forte potencial de utilização destes actinomicetos endofíticos no controle biológico da antracnose, ferramenta que pode minimizar a utilização de agrotóxicos na produção de guaraná.


Palavras-chave:  Actinomicetos, Paullinia cupana, Antagonismo, Colletotrichum guaranicola