XXI ALAM
Resumo:39-1


Poster (Painel)
39-1Variação temporal de curta duração e espacial de indicadores da qualidade de água da Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.
Autores:Margaretha Van Weerelt (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro / PPGERN-UENF - Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recurs) ; Camila Signori (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro / IMPPG-UFRJ - Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Ciências (Microb) ; Giselle Parno Guimarães (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ricardo Pollery (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alex Enrich Prast (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

As lagoas costeiras são consideradas ambientes marinhos frágeis, particularmente expostos aos processos de poluição que ocorrem em resposta ao aumento de densidade populacional no seu entorno. Os impactos decorrentes dessas atividades têm transformado a maioria das lagoas costeiras em ambientes com elevados processo de eutrofização onde ocorrem floração de microalgas, águas turvas, com diferentes colorações, fortes odores e depleção repentina de oxigênio dissolvido, além de mortandade de peixes. As lagoas costeira são muito abundantes no litoral brasileiro e vão desde pequenos corpos de água temporários até corpos de água de grandes proporções tal como a lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul. A Lagoa Rodrigo de Freitas e o bairro no seu entorno está localizada na cidade do Rio de Janeiro (22°57'02''S; 043°11'09''W), dentro de uma região densamente povoada ao sul do município. Está cercada pelos bairros do Leblon, Ipanema, Copacabana, Humaitá, Jardim Botânico e Gávea. A intensa urbanização, a redução do espelho d’água da Lagoa, o lançamento de esgotos sanitários e a restrição de comunicação com o mar, como resultado de sua ocupação ao longo do tempo, levaram a um quadro de problemas ambientais diversos neste ecossistema. O objetivo do presente trabalho foi estudar a variação espacial e temporal da qualidade sanitária da coluna de água da Lagoa. As variáveis avaliadas neste estudo foram: temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido, pH, transparência, carbono orgânico dissolvido (COD), nutrientes, coliformes totais e termotolerantes e Enterococcus, em três horários em um ponto fixo e em 06 estações em um horário. Os resultados mostram que as temperaturas estiveram acima dos 20°C; a salinidade entre 15 e 17; o pH acima de 8,0; o oxigênio dissolvido ficou entre 2,0 e 12 mg.mL-1. Os dados indicam que ainda há descarga de material de origem fecal, que esgotos irregulares chegam à LRF e os indicadores microbiológicos de qualidade sanitária da água mostram que a água está imprópria ao contato primário (balneabilidade). A Lagoa Rodrigo de Freitas continua sendo um ecossistema altamente eutrofizado, com a qualidade de sua coluna da água afetada tanto por seu padrão de circulação quanto pela entrada de esgoto doméstico.CNPq, FAPERJ, CAPES.


Palavras-chave:  Coliformes, Enterococcus, Lagoa Rodrigo de Freitas, Nutrientes, Qualidade de água