XXI ALAM
Resumo:36-1


Poster (Painel)
36-1Produção do cogumelo comestível Pleurotus ostreatus em resíduo de Bocaiúva
Autores:Jessica Casagrande Poleis Cardoso (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Pierre Louis Munoz Mejia Demenjour (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Rodrigo Simões Ribeiro Leite (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) ; Marcelo Fossa da Paz (UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados)

Resumo

INTRODUÇÃO: O gênero Pleurotus pertence à ordem Agaricales e à família Agaricaceae, encontrados nas florestas úmidas tropicais e subtropicais, de todo mundo e podem cultivados artificialmente. Neste sentido, tem se desenvolvido bastante o cultivo dessas espécies em sacos plásticos, por uma técnica conhecida por Jun-Cao, utilizando como substrato gramíneas na forma de palhas suplementadas com alguma fonte de nitrogênio para ajuste da relação C/N. A adaptação das espécies de Pleurotus a novos resíduos representa atualmente um dos principais processos de bioconversão de resíduos agroindustriais em produtos comestíveis de alta. Com o presente trabalho, utilizando-se do princípio das tecnologias limpas, objetivou-se o uso de bagaço de Bocaiúva como resíduo da indústria de sorvetes “Delícias do Cerrado” e o bagaço de Cana-de-açúcar resultante das usinas da região. MATERIAIS E MÉTODOS: Utilizou-se a linhagem/lote EF-136B de Pleurotus ostreatus cultivada nos bagaço de cana-de-açúcar e bagaço de Bocaiúva. Comparou-se a eficiência biológica (EB) de dois tratamentos, que consiste no peso de cogumelos produzidos por peso seco de substrato: Tratamento 1 (T1) composto de 70% bagaço de cana e 30% do bagaço de Bocaiúva e Tratamento 2 (T2) composto por 50% do bagaço de cana e 50% de bagaço de Bocaiúva. Os cogumelos foram colhidos com três dias após o início da frutificação para padronização do método. A análise de comparação de médias foi realizada pelo programa GraphPad InStat (v.3.06). RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os cogumelos foram colhidos com 61 dias de cultivo (três dias após início da frutificação). As médias de EB para T1 e T2 foram, respectivamente, 30,81±9,23 e 37,51±9,45, mas não apresentaram diferença estatística para o intervalo de confiança de 95%, contudo percebe-se uma tendência de aumento na EB com a maior quantidade de bagaço de Bocaiúva, provavelmente por este apresentar maior relação C/N, de 55,80:1 contra 49,48:1 para o T1, confirmando a literatura que afirma que a relação C/N deve ser maior que 29:1. Em bagaço de uva, com relação C/N de 26,94, a EB é metade da conseguida em Bocaiúva, o que demonstra uma proporcionalidade entre a relação C/N e a EB. CONCLUSÃO: A padronização do cultivo em bagaço de Bocaiúva permitirá uma EB razoável podendo ser utilizado como substrato para futuros cultivos comerciais.


Palavras-chave:  Cerrado, Cogumelos, Fungicultura, Shimeji, Substrato Pectocelulósico