XXI ALAM
Resumo:25-2


Poster (Painel)
25-2Bactérias encontradas em água mineral engarrafada comercializada na região metropolitana do Rio de Janeiro
Autores:Luciane Martins Medeiros (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos / IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; Adriana Marques Frazão (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Josiane Machado Vieira Mattoso (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Fernanda Ventura Cruz (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos / IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; Luciane Gomes do Nascimento (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Lygia Maria Paulo da Silva Braga (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; William Rodrigues da Conceição Silva (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Jéssica Yukie dos Reis Nagashima (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Silvia Ferreira da Silva (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Cristhiane Moura Falavina dos Reis (BIOMANGUINHOSFIOCRUZ - Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos) ; Iracema Maria de Carvalho da Hora (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

O consumo de água mineral natural tem aumentado mundialmente, como alternativa ao uso da água de abastecimento (tratada com cloro) ou como opção de bebidas em estabelecimentos. A microbiota autóctone de fontes de água mineral não tem sido associada a doenças humanas. Entretanto, com a poluição crescente de mananciais, de solo e de fontes, a presença de patógenos ou indicadores de contaminação fecal em amostras de água mineral engarrafada tem sido apontada em diversos trabalhos. Com o intuito de conhecer parte da microbiota associada a este tipo de produto comercializado na região metropolitana do Rio de Janeiro, foram analisadas 42 amostras de água mineral em garrafas de 500 mL, de sete diferentes marcas, através da técnica de filtração em membrana (0,45µm), com posterior incubação em placas com Ágar Padrão para Contagem. Os isolados foram submetidos à identificação bioquímica por dois sistemas (Vitek 2 e BBL Crystal). Foram encontrados 21 gêneros, com 22 espécies identificadas, num total de 80 espécimes isolados. Destes, 31 (38,75%) isolados não foram identificados pelo BBL Crystal e 17 (21,25%) não foram identificados pelo Vitek 2. O gênero Stenotrophomonas foi o mais frequente entre os isolados identificados, com 13 isolados (16,25%). Pseudomonas spp e Enterobacter spp apresentaram oito (10%%) e sete (8,75%) isolados, respectivamente. Treze (16,25%) isolados apresentaram resultado inconclusivo por ambos os sistemas de identificação utilizados. Este resultado reflete a necessidade da utilização de outras metodologias de identificação para espécimes ambientais, que não sejam baseadas na utilização bioquímica de substratos. Como não é permitido nenhum processo de tratamento da água mineral natural, a presença de patógenos – como Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa – representa um potencial risco à saúde do consumidor, principalmente crianças, idosos e imunocomprometidos.


Palavras-chave:  água mineral, bactérias, diversidade, qualidade