XXI ALAM
Resumo:11-1


Poster (Painel)
11-1Detecção de Tanase em fungos filamentosos do gênero Penicillium e Aspergillus isolados da Caatinga de Pernambuco
Autores:Katarina Botelho de Melo Nascimento (MDPA-UNICAP - Mestrado em Desenvolvimento de Processos Ambientais) ; Marcela Vieira Leite (UFPE - Doutorado em Ciências Biológicas) ; Galba Maria Campos Takaki (NPCIAMB/UNICAP - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Aline Elesbão do Nascimento (NPCIAMB/UNICAP - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Carlos Alberto Alves da Silva (NPCIAMB/UNICAP - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais) ; Kaoru Okada (NPCIAMB/UNICAP - Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais)

Resumo

A caatinga nordestina ocupa uma área de cerca de 850 mil km² (aproximadamente 10% do território nacional), e apresenta um vasto bioma com inúmeras variedades de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de diversos micro-organismos. Tanino acil hidrolase é uma enzima extracelular, conhecida como tanase (EC 3.1.1.20) é uma enzima que hidrolisa ésteres e ligações laterais de taninos hidrolisáveis produzindo glicose e ácido gálico. Essa classe de enzimas é caracterizada por sua atividade em complexos polifenólicos, sendo capazes de hidrolisar ligações éster (entre o grupo anel aromático e o resíduo de glicose) e ligações depsídicas (ligação éster entre os anéis aromáticos) em substratos como ácido tânico, epicatequina galato, epigalocatequina galato, sendo produzida por diversos gêneros micro-organismos. Foram realizados ensaios de detecção de tanase em meio sólido com fungos filamentosos do gênero Penicillium e Aspergillus isolados da Caatinga de Pernambuco. Foram testados 10 fungos filamentosos isolados, sendo 08 do gênero Aspergillus e 02 do gênero Penicillium. Os micro-organismos isolados foram aclimatados em meio contendo ácido tânico, e após 72 horas de crescimento a 28oC, foram realizadas suspensões espóricas de 5x107 UFC. As suspensões espóricas foram inoculadas em placas de Petri contendo um furo de 0,8 cm no centro da placa, com meio Agar Nutritivo contendo ácido tânico (10 g/L). As placas foram inoculadas durante 144 horas, 28oC, com acompanhamento diário. O aparecimento de um halo característico ao redor da colônia, evidenciada a produção de tanase. Os resultados obtidos indicaram que todas as amostras testadas, apresentaram a produção de tanase, porém os melhores resultados foram obtidos com as amostras de Penicillium sp (SIS 12) e de Aspergillus sp (SIS 04), que apresentaram a formação de halos característicos da enzima de 20 mm, após 120 horas de incubação. Esses resultados sugerem um elevado potencial enzimático nos fungos filamentosos isolados para a enzima tanase, demonstrando assim um alto potencial biotecnológico nos micro-organismos isolados da caatinga pernambucana.


Palavras-chave:  Penicillium, Aspergillus, Tanase, meio sólido