Resumo

Introdução: A criação de peixes se tornou atividades agropecuárias expressiva, principalmente entre os pequenos produtores rurais. Essa taxa pode girar em torno de 10 a 15 litros/segundos/hora ou um pouco mais: 1% do volume por dia. Naturalmente observa-se o aparecimento de microorganismos patogênicos aos peixes, como por exemplo, Streptococcus spp., Aeromonas spp. e Flavobacterium columnare; além dos grupos de coliformes fecais e totais. Autores relacionam o aparecimento de doenças ligadas à água a variação de coliformes. O grupo Coliforme inclui uma grande diversidade em termos de gênero e espécie, principalmente os da família Enterobacteriaceae. Os membros do grupo coliformes podem ser aeróbicos ou anaeróbicos facultativos, Gran-negativos, não formadores de esporos, fermentadores de lactose, e podem produzir gás e ácido em 48 h a 35°C. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar quantitativamente a variação de Coliformes (fecais e totais) da água em uma piscicultura no triângulo mineiro associada à criação do Jaú (Zungaro jahu). Materiais e Métodos: As amostras de água foram coletadas em seis pontos na piscicultura por um período de seis meses. Após a coleta, as amostras foram encanminhadas para o laboratório de ecologia “Nico Nieser”, na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, em Uberaba-MG e semeada em meios de cultura específicos para crescimento de bactérias Gram-negativas. A identificação das espécies foi feita por meio de testes bioquímicos. Resultados e Discussão: No presente estudo foram isoladas oito unidades formadoras de colônia (UFC) de coliformes fecais, e 53 UFC de coliformes totais. Os resultados das analises físico-químicas mostraram que todos os parâmetros se mantiveram constantes durante o período do estudo, com exceção da turbidez da água, que teve aumento significativo com o avanço do período de chuvas. Conclusão: Nossos resultados sugerem que a água analisada apresentou boa qualidade microbiológica para pisciculturas segundo resolução do CONAMA n° 357. No entanto, em relação aos parâmetros físico-químicos, pode-se dizer que os resultados obtidos, apresentaram uma média inadequada de acordo com a mesma resolução, não podendo ser enquadrada na classe II, sendo essa a Classe preconizada para o trecho do Rio Grande, conforme uso preponderante.