27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:71-2


Poster (Painel)
71-2Otimização da produção de xilanase por Aspergillus fumigatus em função da temperatura, substrato e tempo de fermentação
Autores:GOMES, A.F.S. (ICIAG-UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; SANTOS, B.S.L. (ICIAG-UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; FRANSCISCON, E.G. (ICIAG-UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; OLIVEIRA, J.M.S. (ICIAG-UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; BAFFI, M.A. (ICIAG-UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

Combustíveis fósseis, por apresentarem reservas finitas e serem um dos principais responsáveis pela emissão gases de efeito estufa durante sua combustão, têm provocado o desenvolvimento de pesquisas que promovam o aumento da produção de combustíveis renováveis por meio de rotas sustentáveis. Uma dessas rotas se baseia no reaproveitamento da biomassa lignocelulósica residual de cana-de-açúcar com a utilização de micro-organismos produtores de enzimas capazes de tornar a celulose desse material disponível para a quebra e posterior fermentação alcóolica. Essas enzimas conseguem enfraquecer a interação entre a celulose, a hemicelulose e a lignina constituintes do bagaço de cana. O grupo formado pelas enzimas conhecidas como xilanases é o responsável pela quebra da xilana, um dos principais constituintes da hemicelulose. No presente trabalho, foram construídas curvas de produção em função do substrato, temperatura e tempo de fermentação para a otimização da produção de xilanase por uma linhagem fúngica termofílica, isolada do bagaço de cana. O isolado foi identificado em nível de espécie por reação em cadeia da polimerase (PCR), seguida de seqüenciamento gênico da região ITS do DNA ribossômico. Após a análise da sequência obtida, a linhagem foi identificada como pertencente à espécie Aspergillus fumigatus. A produção de enzima foi efetuada por fermentação em estado sólido (FES) utilizando bagaço de cana e farelo de trigo (na proporção de 1:1) nas temperaturas 40, 45, 50 e 55°C, bagaço de cana e palha de milho (1:1) e apenas bagaço na temperatura de 45°C. A amior produção da enzima (198,1 U/g) ocorreu após 48 horas de fermentação realizada com bagaço de cana e farelo de trigo na temperatura de 45°C. Os resultados indicaram melhor produção da enzima quando houve o aproveitamento simultâneo de diferentes biomassas lignocelulósicas residuais durante a fermentação, indicando um maior potencial de aplicação se comparado à utilização de apenas uma fonte desse material.