25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2555-2


Área: Ecologia Microbiana ( Divisão I )

BIOMASSA MICROBIANA E ATIVIDADE ENZIMÁTICA EM SOLOS DE VEGETAÇÃO NATIVA E DE SISTEMA AGRÍCOLA ANUAL DO CERRADO TOCANTINENSE

Ana Kleiber Pessoa Borges (UFT); Tatiana Oliveira Menezes (UFT); Joenes Mucci Peluzio (UFT); Paula Benevides de Morais (UFT)

Resumo

INTRODUÇÃO: O solo é um sistema dinâmico onde fatores de natureza física, química e biológica interagem continuamente. No entanto a substituição da vegetação nativa por sistemas agrícolas cultivados resulta no decréscimo do aporte de carbono (C). Com isso a utilização de organismos vivos que reflitam o estado de determinado ecossistema é uma abordagem inovadora que permite avaliar vários tipos de impactos. O objetivo do trabalho foi avaliar o uso da biomassa microbiana e da atividade enzimas β-glucosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase como indicadores de qualidade do solo no perfil de solos do Cerrado Tocantinense sob vegetação nativa e de sistema agrícola anual. MATERIAL E MÉTODOS: Amostras dos diferentes solos foram coletadas de 0 a 20 cm de profundidade nas áreas amostrais do projeto JAVAES-URUBU, município de Lagoa da Confusão, estado do Tocantins. As coletas foram realizadas entre abril de 2008 e março de 2009, sendo a área de estudo para as coletas das amostras de solos, a do projeto JAVAES-URUBU, que é a principal área de agricultura irrigada do Estado do Tocantins, localizada na planície do Araguaia. Foram avaliadas áreas sob vegetação nativa (cerrado e varjão), utilizadas como referência e áreas cultivadas sob sistema de manejo convencional. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O carbono de biomassa microbiana (CBM) sob vegetação nativa, apresentou a maior média com 371,71 mg C Kg-1 solo, variando de 160,00 a 751,51 mg C Kg-1.  Os valores obtidos das enzimas β-glucosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase, variaram entre os locais de amostragem e entre as épocas das coletas. Deve-se a interferência de fatores como matéria orgânica, argila presente no solo podendo estabilizar suas enzimas. CONCLUSÕES: O carbono de biomassa microbiana e a atividade das enzimas β-glucosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase não foram suficientemente sensíveis às alterações ocorridas em função do manejo. A variabilidade dos resultados indica que não é possível avaliar a qualidade dos solos baseando-se apenas nestes parâmetros. O sistema de plantio convencional não interferiu na diminuição do carbono de biomassa microbiana e na atividade das enzimas β-glucosidase, fosfatase ácida e arilsulfatase comparados a vegetação nativa (Cerrado e Varjão). Somente após estabelecer-se os valores basais de CBM e atividade enzimática para estes solos, sob condições mesoclimáticas definidas, será possível propor valores para condições culturais e ambientais (nativas) diferentes. É fundamental que variáveis ambientais, especialmente clima e pluviosidade, variáveis de manejo, freqüência e tipo de manejo, adição de agroquímicos, entre outros sejam incorporados em estudos para avaliar a qualidade do solo.

PALAVRAS-CHAVE: Microrganismos, Biomassa Microbiana e Atividade Enzimática


Palavras-chave:  ATIVIDADE ENZIMÁTICA, BIOMASSA MICROBIANA, CERRADO, SOLO, TOCANTINS