APLICAÇÃO DA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE PARA A CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE ISOLADOS CLÍNICOS DE ENTEROBACTÉRIAS

Fernanda Zotele Walter (UNISC); Jane Dagmar Pollo Renner (UNISC); Marion Pereira da Rocha (Enzilab); Milton Mainardi Junior (UNISC); Marcelo Carneiro (HSC); Eliane Krummenauer (HSC); Lia Gonçalves Possuelo (UNISC); Andreia Rosane de Moura Valim (UNISC)

 As doenças infecciosas representam um importante grupo de patologias que respondem por uma elevada morbidade e mortalidade em nosso país. A aplicação de métodos baseados em biologia molecular tem permitido o conhecimento do padrão de transmissão destes agentes em ambiente hospitalar e na comunidade, através da caracterização molecular dos isolados clínicos. O objetivo deste trabalho foi padronizar uma metodologia baseada na reação em cadeia da polimerase para a caracterização molecular de enterobactérias. Os isolados clínicos foram obtidos de indivíduos ambulatoriais e hospitalizados, atendidos em laboratórios de análises clínicas da Região do Vale do Rio Pardo,RS, no período de março de 2008 à dezembro de 2009. Após o cultivo primário, identificação bioquímica, os microrganismos foram incubados em caldo BHI por 24 h a 37^oC. O protocolo da extração de DNA por CTAB foi realizado segundo o método de Van Embden et al. (1993). A técnica de genotipagem utilizada foi a ERIC-PCR para identificar os grupos clonais presentes nos microorganismos em estudo. Para a padronização da ERIC-PCR foi utilizado DNA extraído por das enterobactérias Klebsiella oxytoca, Proteus vulgaris, Enterobacter cloacae, Enterobacter spp. (ferida operatória), Enterobacter spp. (urina) e Proteus mirabilis (urina). O número de bandas amplificadas em cada isolado clínico de enterobactérias variou de 3 a 6 (média 4 bandas). Os perfis obtidos demonstraram que é possível caracterizar genotipicamente as enterobactérias testadas pela técnica de ERIC-PCR, com exceção de Salmonella gallinarum e Serratia marcescens. A partir desta padronização será possível investigar a relação clonal dos isolados clínicos de enterobactérias de pacientes ambulatoriais e hospitalizados, caracterizando surtos causados por este tipo de microrganismo.