SUSCETIBILIDADE ANTIMICROBIANA DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE PACIENTES COM INFECÇÕES NO TRATO URINÁRIO ATENDIDOS NO LAC/FFAR/UFPA.

Anna Carolina Avelar Pontes (FFAR/UFPA); Adreyne Aparecida Monteiro Gomes (FFAR/UFPA); Cleice Karen Bacelar Dias (FFAR/UFPA); Rosa Márcia Correa Saraiva (FFAR/UFPA); Marta Chagas Monterio (FFAR/UFPA); José Maria Santos Vieira (FFAR/UFPA)

Introdução: A infecção do trato urinário (ITU) é de acometimento mais comum, e caracteriza–se pela invasão e multiplicação bacteriana no segmento do trato urinário, ocasionando bacteriúria sintomática ou assintomática. O objetivo deste trabalho foi identificar as bactérias mais frequentes em uroculturas de pacientes atendidos no Laboratório de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia da UFPA (LAC/FFAR/UFPA), e traçar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos comerciais. Materiais e Métodos: Os resultados foram obtidos de 517 prontuários contendo laudos de uroculturas de pacientes atendidos no LAC/FFARM/UFPA, no período de janeiro de 2007 a abril de 2009. Os dados utilizados foram: sexo e idade dos pacientes, bactérias isoladas das uroculturas, perfil de suscetibilidade aos antibióticos (ácido nalidixico, amicacina, amoxicilina, ampicilina, cefalexina, cefalotina, cefoxitina,ceftriaxona, ciprofloxacina, eritromicina, gentamicina, levofloxacina, nitrofurantoína, norfloxacina, sulfametazol+trimetroprima, tetraciclina, tobramicina). Resultados e Discussão: Dentre as 517 uroculturas, 66 foram positivas para: E. coli (57,8%), Klebsiella sp.(12,1%), Staphylococcus sp. (12,1%), Proteus sp. (7,6%), Enterobacter sp. (4,5%), Pseudomonas sp. (4,5%), Pantoea agglomerans (1,5%). A maior frequência de ITU ocorreu no sexo feminino, principalmente nas faixas etárias de 15 e acima de 46 anos. Observou-se que os isolados bacterianos apresentaram maior sensibilidade frente a norfloxacina, amicacina, tobramicina, cefoxitina e ciprofloxacina. Por outro lado, o perfil de resistência foi maior frente a cefalexina, eritromicina, sulfametazol + trimetroprima e ampicilina. Conclusões: A partir desses dados, conclui-se que as bactérias Gram-negativas foram as mais prevalentes nesses pacientes com ITU, além disso, a maioria dos isolados bacterianos já apresentou resistência aos antibióticos comumente usados, tais como ampicilina e eritromicina. Assim, acreditamos que esse estudo possa estimular a prevenção e o controle das ITU, principalmente quanto ao uso incorreto de antibióticos e a automedicação, prevenindo a piora da infecção e o aparecimento de mais cepas resistentes na comunidade.