AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE EXTRATO ETÉREO EM SUBSTRATO UTILIZADO POR FUNGO TERMOFÍLICO PARA PRODUÇÃO DE ENZIMAS FIBROLÍTICAS

André T. Lellis (CNPq); Aline Z. L. Gonçalves (Ibilce/UNesp); Roberto J. Y. Fujieda (Biobell); Erika B. N. Graminha (CNPq); Eleni Gomes (Ibilce/UNesp); Marco Antonio Alvares Balsalobre (Bellman)

A inclusão de enzimas nas dietas de ruminantes tornou-se interesse para pesquisadores e criadores, devido às respostas positivas observadas em experimentos. As principais enzimas de interesse na atualidade são: celulases, hemicelulases, b-glucanase, xilanase e pectinases, degradando alguns componentes das fibras e melhorando o valor nutricional dos alimentos. O objetivo foi detectar variações na produção de enzimas, em substratos com diferentes concentrações de extrato etéreo. Para tanto, o fungo Thermoascus aurantiacus foi avaliado quanto à produção de enzimas, por fermentação em estado sólido e em substrato que continha em média 92% de matéria seca (MS); 4,6% de matéria mineral (MM); 17,9% de proteína bruta (PB); 5,7% de lignina; 19,0% de hemicelulose e 35,6% de celulose. Os valores de extrato etéreo utilizados nos substratos foram: 2%, 4%, 6%. 8% e 10%. A fermentação foi feita a 50 ºC, durante 14 dias sendo retirada uma solução enzimática bruta a cada 48 horas. Nos extratos enzimáticos foram determinadas as atividades das enzimas celulase e xilanase em mistura de reação contendo 0,1 mL do extrato enzimático bruto e 0,9 mL de uma solução de 1% de xilana (para xilanase) e solução de 4% de carboximetilcelulose (para celulase) em tampão acetato 0,2 M e pH 5,0, com incubação feita em temperatura de 40 ºC. Os maiores valores de atividade de celulase nos extratos contendo 2%, 4%, 6%, 8% e 10% de extrato etéreo respectivamente foram: 203,00 U/g (240h); 672,78 U/g (144h); 144,51 U/g (336h); 201,00 U/g (48h) e 383,86 U/g (336h). Para xilanase, com os mesmos valores de EE, as produções foram: 526,78 U/g (240h); 2503,74 U,g (144h); 306,89 U/g (336h); 356,71 U/g (240h) e 435,55 U/g (336h). Assim, o substrato contendo 4% de extrato etéreo, foi o meio onde houve maior produção das enzimas estudadas. Variações na concentração de extrato etéreo nos substratos podem alterar a produção de enzimas pelo fungo Thermoascus aurantiacus, porém testes com outros nutrientes devem ser realizados.