25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2497-1


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Lidiane Ramos Neri (EBMSP); Suzana Ramos Ferrer (EBMSP); Hygia Maria Nunes Guerreiro (EBMSP); Rita Elizabeth Moreira Mascarenhas (EBMSP)

Resumo

Introdução: O aumento de resistência aos antimicrobianos por vários microrganismos, em especial pelo Staphylococcus aureus têm tornado difícil a terapia das infecções, por vezes, impossível. O Staphylococcus aureus resistente à oxacilina (ORSA) é responsável por 5 a 10% das bactérias isoladas de origem hospitalar e por 50% das cepas isoladas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). As infecções por ORSA constituem um problema de saúde pública considerando à sua disseminação no ambiente hospitalar, bem como pela emergência de cepas resistentes aos glicopeptídeos.

Objetivo: O objetivo principal deste estudo foi determinar a freqüência de isolamento de cepas de S. aureus em culturas de pacientes internados na UTI-Geral de um hospital da rede privada. Material e Método: estudo retrospectivo em que foram selecionados pacientes com cultura positiva para S. aureus, internados em uma UTI no período de janeiro de 2004 a julho de 2007. Informações sobre sexo, idade, causa do óbito, sítio acometido, número de amostras coletadas, perfil de sensibilidade aos antimicrobianos penicilina, oxacilina e vancomicina, períodos de permanência hospitalar e na UTI foram dados coletados. Resultados: foram estudados 55 pacientes, 32 do sexo masculino (58,18%) e 23 do sexo feminino (41,81%). A idade dos pacientes variou de 17 a 95 anos. A freqüência de óbito foi de 67,3%, correspondendo a 37 óbitos. 27/55 (49,1%) tiveram cultura positiva para S. aureus sensível à oxacilina (OSSA) e 28 (50,9%) para ORSA. Não foram isoladas cepas resistentes à vancomicina. O sítio mais freqüente de isolamento de S. aureus foi o sangue, correspondendo a 50% (38/76) dos casos, seguido pelas amostras isoladas do aparelho respiratório 35,52% (27/76). A média do período de internamento hospitalar foi 62 dias e na UTI 29, 6 dias. Conclusão: O isolamento de ORSA foi elevado entre os pacientes que foram a óbito e foi mais freqüente naqueles com idade mais elevada. Houve uma redução da freqüência de isolamento de cepas de ORSA no hospital no estudado, o que revela a importância das medidas de prevenção e controle aplicadas.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, resistência, UTI