PRODUÇÃO DE CELULASES POR STREPTOMYCES SP.CDPA-01 UTILIZANDO CARBOXIMETILCELULOSE E MILHOCINA EM FERMENTAÇÃO SUBMERSA 

Aline Simões da Rocha Bispo (UFRB); Danilo Tosta Souza (UFRB); Dayse Batista dos Santos (UFRB); Adailson Feitoza de Jesus Santos (UFRB); Rodrigo Pires do Nascimento (UFRB)

Os actinomicetos são bactérias filamentosas Gram (+) que estão amplamente distribuídos em ambientes naturais, e são conhecidos, principalmente, pela ampla capacidade de produzir compostos bioativos incluindo antibióticos e enzimas de alto interesse comercial e ambiental, como às amilases, xilanases, celulases e quitinases, todas importantes na degradação da biomassa. A celulose, maior carboidrato sintetizado pelos vegetais, é muito rígida, e sua decomposição parece depender da habilidade das enzimas produzidas por microrganismos celulolíticos por intermédio das celulases, que agem em sítios onde a estrutura do substrato é mais acessível. Desta forma, o principal objetivo deste trabalho foi estudar a produção de celulases pela estirpe Streptomyces sp. CDPA-01, isolada de solo de cerrado, utilizando carboximetilcelulose (CMC), como fonte de C e Milhocina, como fonte de N. Para a produção de CMCases em fermentação submersa, as células foram cultivadas em meio de sais minerais modificado de Breccia (1995), suplementado com diferentes combinações das concentrações de CMC e Milhocina. A estirpe foi cultivada em frascos de Erlenmeyer (250 mL) contendo 50 mL do meio descrito previamente (pH 7,0), sendo inoculado com suspensão de esporos padronizada (1,27x10¹⁰ UFC/mL). Os frascos foram incubados sob agitação orbital, a 150 rpm durante 6 dias, sendo coletados 2 frascos em intervalos de 24 horas. Os sobrenadantes brutos, obtidos através da centrifugação a 3.000 rpm/ 15 min, foram filtrados e congelados (-20°C). A determinação da atividade celulásica foi conduzida através da quantificação dos açucares redutores gerados na presença de CMC 2% (p/v) em tampão citrato de sódio 50mM, pH 4,8 pelo método DNS. A leitura foi feita em espectrofotômetro a 540 nm. Assim sendo, a melhor produção de CMCases (U/L) foi observada no quarto dia de fermentação, quando utilizou-se as concentrações de 1,6% de CMC e 1,51%  de milhocina. Novos estudos deverão ser conduzidos para analisar as melhores respostas, porém estes resultados representam as propriedades bioquímicas dos actinomicetos em produzir enzimas lignocelulolíticas e seu forte potencial para estudos biotecnológicos voltados para aplicações industriais.