25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2483-2


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

ALTERAÇÕES HISTOPATOLÓGICAS E IMUNOHISTOQUÍMICAS NA CROMOBLASTOMICOSE

Conceição de Maria Pedrozo E Silva de Azevedo (UFMA); Sirlei Garcia Marques (UFMA); Raimunda Ribeiro da Silva (UFMA); Gilnara Fontinelle Silva (UFMA); Luciana Patrícia Serra (UFMA); Oscar Bruña-romero (UFMG); Fabio Silva de Azevedo (UFMA); Nayara Fontinelle Silva (UFMA); Maria Aparecida Resende (UFMG)

Resumo

 

Introdução

Cromoblastomicose é uma infecção de pele crônica causada por fungos demácios ocorrendo em regiões tropicais e subtropicais. Estes fungos são encontrados em solo ou em substância em decomposição. As infecções são causadas por implantação traumática de hifas ou conídios na pela. O diagnóstico é feito pela identificação do fungo em cultura ou estudo anatomopatológico. Exames histológicos revelam hiperceratose, hiperplasia de epiderme pseudoepiteliomatosa e dermatite supurativa granulomatosa. Na imunohistoquímica observa-se que a quimiocina MIP1α representa um papel importante no recrutamento de células efetoras podendo aumentar a atividade antifúngica e melhorar a evolução da doença.

Metodologia

Realizou-se biópsia lesional de 16 pacientes com suspeita clínica de cromoblastomicose que foram encaminhadas para o laboratório do Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo no período de janeiro a julho de 2009.

Resultados/Discussão

Observou-se que segundo o tipo de lesão 62,5% foram classificados como verrugo-vegetante. Quanto à gravidade, 50% dos pacientes apresentavam lesões graves, 37,5% moderadas e 12,5% leves. No histopatológico, encontrou-se na epiderme acantose em 48,75% dos pacientes, hiperceratose em 37,5%, inflamação em 18,75%, hipergranulose e hiperplasia em 12,5% e hiperparaceratose em 6,25%; na derme foi encontrada inflamação e células gigantes em 25% dos pacientes e microabscessos em 18,75%. Em um paciente foi encontrado carcinoma epidermóide bem diferenciado ulcerado infiltrando até o plano ósseo. No que tange a imunohistoquímica, 37,5% dos pacientes apresentaram linfócitos BCD20 e TCD3, 25% possuíam polimorfonucleares com CD15 e histiócitos com CD68 e 12,5% expressaram citoceratina 40, 58, 50.2KDa.

Conclusão

Os exames histopatológico e imunohistoquímico servem como complementares em casos de diagnóstico diferencial ou mesmo para confirmar a hipótese diagnóstica formulada, além de evidenciar o tipo de resposta inflamatória que está sendo induzida pela presença do antígeno.


Palavras-chave:  Cromoblastomicose, Histopatológico, Imunohistoquímica