25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2482-2


Área: Micologia Médica ( Divisão B )

PERFIL SOROLÓGICO DE PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE CROMOBLASTOMICOSE DOENÇA VERSUS INFECÇÃO NA AMAZÔNIA MARANHENSE

Conceição de Maria Pedrozo E Silva de Azevedo (UFMA); Sirlei Garcia Marques (UFMA); Oscar Bruña-romero (UFMG); Leoneide Bouillet (UFMG); Mayara Cristina Pinto da Silva (UFMA); Lucilene Amorim Silva (UFMA); Maria Aparecida Resende (UFMG)

Resumo

 

Introdução : A cromoblastomicose é uma infecção fúngica, granulomatosa, crônica, causada por fungos demáceos, sendo o Fonsecaea pedrosoi, o principal agente em nosso meio. O Maranhão apresenta uma área  geográfica endêmica nesta doença, com detecção de infecção através de teste de hipersensibilidade  tardia ao antígeno metabólico do Fonsecaea pedrosoi em 14,9% das pessoas testadas. A sorologia em pacientes com cromoblastomicose  tem sido avaliada desde 1927, porém só em 1993 desenvolveu-se teste imunoenzimático (ELISA) para o diagnóstico desta micose utilizando-se antígenos somáticos de Fonsecaea pedrosoi.

Material e Métodos: População- Utilizou-se 2 grupos populacionais: 1. 56 pacientes com diagnóstico de cromoblastomicose, divididos em 3 grupos(doença grave, moderada e leve) em acompanhamento no ambulatório de cromoblastomicose do Centro de Referência em Doenças Infectoparasitárias da Universidade Federal do Maranhão. 2. 44 Indivíduos residentes em reserváreas da cromoblastomicose localizadas na Mesorregião norte do Estado de Maranhão, com Intradermorreação(antígeno metabólico)positivo(IDR+). Estudo sorológico: Analisou-se as amostras obtidas no momento do diagnóstico da micose e em pessoas sadias com IDR+ e utilizando-se o método de ELISA segundo Vidal (2001)fez-se as dosagens das titulações de IgG total e IgG2.

Resultados/Discussão: Foram testados amostras de soro dos pacientes nos três grupos, com média de titulação positiva para IgG(>cut off)de 12800 nas amostras de casos graves, 3200 para casos moderados, 1200 para casos leves e 1600 para sadios IDR+. A titulação média de IgG2 paraos mesmos grupos foi de 1400, 800, 400 e 600, respectivamente. Na análise estatística observa-se diferença, com p< 0,05 nas comparações de titulação de IgG entre casos graves e moderados, graves e leves e graves e sadios IDR+. Na análise de IgG2, encontra-se diferença estatística com p<0,05  na comparação entre casos graves e leves e graves e sadios IDR+.

  Conclusão: A resposta dos hospedeiro com cromoblastomicose mostra maior produção de anticorpos na presença de doença mais grave. A  produção de IgG2 não está relacionada a doença mais leve. Esta imunoglobulina tem menores titulações em todos os grupos, diferente de afirmações feitas por outros autores (Esterre, 1998).


Palavras-chave:  Cromoblastomicose, Maranhão, Sorologia