25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2456-1


Área: Imunologia Clínica e Diagnóstico ( Divisão F )

RECONHECIMENTO DE RLTB-LIPL32 POR ANTICORPOS DO SORO DE PACIENTE HUMANO POSITIVO PARA LEPTOSPIROSE

André Alex Grassmann (CENBIOT); Samuel Rodrigues Felix (CENBIOT); Amilton Pinto Seixas Neto (CENBIOT); Éverton Fagonde da Silva (CENBIOT); Odir Antonio Dellagostin (CENBIOT)

Resumo

A leptospirose é uma zoonose de distribuição global, causada por espiroquetas patogênicas do gênero Leptospira. A vacinação é o método profilático recomendado. Entretanto, as vacinas disponíveis para uso animal induzem resposta restrita a poucos sorovares. Devido ao grande número de sorovares patogênicos (>260), uma vacina de amplo espectro é desejavel. LipL32 é o antígeno mais promissor para o desenvolvimento de vacina multisorovar contra leptospirose, pois está presente em todos os sorovares patogênicos e é altamente conservado. A subunidade B da enterotoxina termolábil de Escherichia coli, LTB, é um potente imunoadjuvante que fusionada à LipL32 pode potencializar a resposta imunoprotetora. O objetivo deste trabalho foi produzir a quimera recombinante rLTB-LipL32, previamente construída, e avaliar sua antigenicidade frente a soros de pacientes humanos com leptospirose. Para tanto, a proteína foi expressa em E. coli BL21 Star (DE3) utilizando o vetor pAE/ltb-lipL32. A proteína purificada foi submetida a eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE), e em seguida eletrotransferida para uma membrana de nitrocelulose. A membrana contendo rLTB-LipL32, rLTB, rLipL32 e extrato de leptospiras foi incubada inicialmente com soro de pacientes com leptospirose, depois com anti-igG humana conjugado com peroxidase e em seguida com Diaminobenzidina (DAB). Houve reconhecimento da quimera recombinante, da LipL32 presente no extrato de Leptospira e da rLipL32 pelos soros, mas não houve reconhecimento do controle negativo (rLTB). Como o soro de paciente com leptospirose foi capaz de reconhecer a quimera recombinante produzida, pode-se concluir que a fusão preservou epitopos antigênicos de LipL32. O passo seguinte será a avaliação do potencial imunoprotetor de rLTB-LipL32 frente ao desafio homólogo e heterólogo em modelo animal, com cepas patogênicas de leptospiras já padronizadas.


Palavras-chave:  Leptospirose, LipL32, quimera recombinante