25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2419-1


Área: Microbiologia Geral ( Divisão H )

AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE DO EXTRATO AQUOSO DE AROEIRA (SCHINUS TEREBENTHIFOLIUS RADDI) SOBRE ASPERGILLUS NIGER, CAUSADOR DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL (AGAVE SISALANA L.)

Liane Santos Sales Souza (UFRB); Yslai Silva Peixouto (UFRB); Ana Cristina Fermino Soares (UFRB)

Resumo

Os extratos obtidos de plantas medicinais têm sido utilizados como alternativa para controlar muitas pragas e doenças. A aroeira-vermelha é uma árvore que tem em sua composição fitoalexinas de alto poder antimicrobiano. A cultura sisaleira é de grande importância para o semi-árido bahiano por ser fonte de geração de renda para várias famílias. Sendo assim, é relevante diagnosticar a ação do extrato da aroeira sobre o fungo Aspergillus niger causador da podridão vermelha do caule de sisal. Este experimento foi realizado no Laboratório de Fitopatologia e Microbiologia Agricola da UFRB. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições, nos seguintes tratamentos: 0%, 1%, 5%, 10%, 15% e 20%. O extrato aquoso de aroeira foi obtido com 50 gramas de folhas, lavadas com água destilada, trituradas em liquidificador com 250 ml de água destilada por três minutos. Obteve-se uma solução de concentração 20% relação (p/v), que foi filtrada em funil de vidro contendo algodão estéril. As concentrações de 1, 5, 10, e 15% foram obtidas misturando o extrato em meio de cultura BDA (batata-dextrose-ágar). O meio de cultura adicionado as concentrações de extrato aquoso da planta foi levado à autoclave por 20 minutos. O fungo A. nige, isolado de plantas de sisal com sintomas da podridão vermelha do caule, foi multiplicado em meio BDA por 7 dias a temperatura ambiente. Discos de micélio fúngico com 5mm de diâmetro foram transferidos para placas de Petri contendo o meio BDA e as concentrações do extrato aquoso de aroeira autoclavado. As culturas foram incubadas em câmera de crescimento BOD por 15 dias com aproximadamente 28°C. Mediu-se o diâmetro das colônias em intervalos de três dias. A contagem de esporos foi realizada no décimo quinto dia. Para a obtenção dos esporos, nas placas com as culturas de A. niger foram adicionados 20ml de água destilada esteril e 2 gotas de Tween 20 para a raspagem. Em seguida a suspensão foi transferida para câmera de Neubauer para a contagem dos esporos. Na concentração de 15% do extrato observou-se 25,2% de inibição do crescimento micelial e 79,7% de redução de esporulação. Na concentração de 20% redução de 14,9% de crescimento micelial e 77,1% de esporulação. Nas concentrações de 15% e 20% pôde-se observar diminuição do crescimento micelial e esporulação de A. niger nos testes realizados in vitro.


Palavras-chave:  Extrato aquoso, Aroeira, Aspergillus niger