Materiais e Métodos: Foi coletado 01 ml de sangue do paciente e transferido para um frasco de hemocultura automatizado do tipo BacT-Alert® pediátrico. Após detecção do crescimento bacteriano, o caldo foi subcultivado em ágar chocolate, o qual foi incubado a 37°C, em tensão de CO₂, durante 24 horas para obtenção de colônias isoladas. A bactéria foi caracterizada bioquimicamente através dos sistemas automatizados Walkaway® (Siemens) e Vitek® (bioMérieux), além de serem realizadas provas bioquímicas complementares. O isolado também foi encaminhado para laboratório de referência, confirmando a identificação.

Discussão dos resultados: Por ser Y. enterocolitica incomum como agente causador de bacteremia, outros dados foram avaliados. O histórico do paciente revelou que a família apresentava baixa condição sócio-econômica, era moradora da região metropolitana de Curitiba e não possuía acesso à água potável em sua residência. O diagnóstico clínico do paciente associado ao isolamento de Y. enterocolitica foram compatíveis com a condição sanitária familiar, reforçando que uma das principais fontes de contaminação por este microrganismo é a via oral.

Conclusão: Neste trabalho destacou-se a importância do conhecimento dos dados clínicos e epidemiológicos no diagnóstico microbiológico, alertando que o laboratório de Microbiologia deve estar preparado para identificação de patógenos pouco usuais na prática clínica.