25º Congresso Brasileiro de Microbiologia
ResumoID:2412-2


Área: Microbiologia Clinica ( Divisão A )

RESISTÊNCIA A CARBAPENÊMICOS EM ESCHERIA COLI E KLEBSIELLA PNEUMONIAE PRODUTORAS DE BETA-LACTAMASE DE ESPECTRO ESTENDIDO

Keite da Silva Nogueira (HC-UFPR); Alessandra Vale Daur (UFPR); Laura Lúcia Cogo (HC-UFPR); Cristina Leise Bastos Monteiro (UFPR); Líbera Maria Dalla Costa (HC-UFPR)

Resumo

Introdução: A resistência a carbapenêmicos desafia o tratamento de infecções causadas por Enterobacteriaceae, principalmente daquelas produtoras de beta-lactamase de espectro estendido (ESBL). A principal causa desta resistência é a produção de enzimas KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemicosase) que são carbapenemases inibidas por ácido clavulânico e tazobactam, e possuem a habilidade de hidrolisar uma grande variedade de beta-lactâmicos como cefelosporinas, penicilinas, aztreonam e inclusive, os carbapenêmicos. O objetivo deste trabalho é determinar a presença da enzima KPC em Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae produtoras de ESBL.

Materiais e Métodos: Foram analisadas amostras de E. coli (n=32) e K. pneumoniae (n=122) cuja presença de ESBL foi previamente confirmada por métodos moleculares. A determinação da sensibilidade a carbapenêmicos foi verificada através do método de difusão em ágar, utilizando disco de ertapenem (30mg) e também através da determinação da concentração inibitória mínima aos antimicrobianos ertapenem, imipenem e meropenem. Para as amostras consideradas resistentes nos testes de triagem foi realizado o teste de Hodge modificado como método fenotípico confirmatório. A intepretação dos testes seguiu os parâmetros recomendados pelo CLSI.

Discussão dos resultados: Das amostras analisadas 7 (4,5%) foram consideradas resistentes a carbapenêmicos através dos métodos de triagem de difusão em ágar e da determinação da concentração inibitória mínima. Destas amostras positivas no teste de triagem nenhuma foi confirmada como produtora de KPC pelo teste de Hodge modificado.

Conclusão: A resistência a carbapenêmicos desafia o tratamento de infecções e por este motivo o uso destes agentes deve ser limitado e direcionado por testes laboratoriais. Os resultados sugerem que o tipo de resistência observado provavelmente seja devido à presença de beta-lactamase do tipo AmpC associada à perda de porinas, já que o teste confirmatório para carbapenemas foi negativo nas amostras analisadas, porém, torna-se necessário a confirmação destes resultados por métodos moleculares.


Palavras-chave:  ESBL, Escherichia coli, Klebsiella penumoniae, KPC, Hodge